HERANÇA SINGULAR
Herdei do meu pai, Gerd Silbiger, mais conhecido por Geraldo, o privilégio de me emocionar facilmente, fazendo escorrer lágrimas pelo canto dos olhos. Isso acontece nas situações em que ele é lembrado ou quando se relacionam pessoas da família, especialmente a patroa e filhos, fazendo com que trave na garganta impedindo de falar. O entorno já conhece esse jeito de "manteiga derretida" e não se surpreende mais com reações assim, que também ocorre quando vem à tona algo relevante vinculado à minha mãe, Rosalina, mais conhecida por Rosa. Essas lágrimas tão repletas de imagens quentes são o elo singular com o que tenho de mais importante na vida e, tomara, nunca sequem e nem deixem de brotar do fundo da alma.
Na foto da esquerda, o meu pai jovem e, na direita, ele está ao lado da mãe, Bronka, e do irmão Herbert, ambos assassinados pelos nazistas no Campo de Concentração.