O COMEÇO DO FIM
Próximo de ser considerado um octogenário e antes que eu me emudeça, sinto a necessidade de comentar sobre algumas coisas que teimam em permanecer inquietando a todos. Por isso sinto imensa saudade do meu tempo de juventude cheio de encantamento, sossego, alegria e tudo de bom que se possa imaginar. Lá não existia violência nem desassossego.
Confesso, em primeiro lugar, que o povo desse nosso belo mundo já foi, coletivamente, muito mais alegre, cordial e amável.
Divergências interpessoais sempre existiram no campo religioso, político, esportivo, social, cultural e outros, mas, dentro de todas essas tendências havia o respeito ilimitado entre as pessoas, coisa essa que ora parece inexistir amplamente.
O distanciamento faz com que nos tornemos desconhecidos mesmo que moremos ou sejamos próximos. Isso parece deixar nosso raciocínio em segundo plano.
Nos atuais momentos vemos o desrespeito se proliferando assustadoramente na sociedade e velozmente consegue alcançar àqueles que não aceitam tais critérios e, assim, o tal desacordo passa a ser mútuo, violento ou intolerável entre as pessoas.
Vemos grande parcela da atual juventude se deteriorando, se escangalhando e mortificando seus corpos frente aos incontroláveis vícios ao ingerirem elementos maléficos à própria saúde e, assim, se conduzem a causas incuráveis: é o lamento silencioso de muitos que preferem seus fins bem antes do meio de suas vidas. Mas, como cada um é dono de si, nada se pode fazer para frear esse malefício entre os adeptos de vícios destruidores de pessoas e de famílias.
Será que nunca mais diremos SAUDADE DOS BONS TEMPOS?