O SER PAI(S)

Francisco de Paula Melo Aguiar

O ser pai(s) não é apenas uma questão marcada no calendário anual.

E até porque todo dia é dia do(s) pai(s).

Não é diferente também que todo dia é dia da mãe, esposa, amigo)a), inimigo(a), etc.

Também não é diferente de que todo dia é dia da escola instituição escolar e muito mais dá escola doméstica (pais e família), que planeja o que faz no chão da sala de aula e muito mais no lar, caminho que conduzirá para o sucesso, o hospital, o presídio e ao cemitério.

E assim, assume o compromisso de informar todos ou quase todos os ocorridos no chão da escola aos pais, como por exemplo, o comportamento tóxico dos filhos para com os colegas e professores, pois, os filhos já não recebem informações na escola, são "alfabetizados" no pode tudo via os pais e as redes sociais, antes, durante e depois da sala de aula.

Isto faz parte do ofício do magistério responsável, informar aos pais o que os filhos deles aprontam e afrontam na escola.

Nas redes sociais e na sociedade, os pais são os últimos a saber o que os filhos andam aprontando.

Isto é missão e formação em construção diária todos os dias na escola.

Não é uma substituição do ato de educar que é de responsabilidade dos pais.

Agora, informar os pais como agem seus filhos para que eles tomem providências é um ato de "avisar" como os pais deve saber para agir se é que quer educá-los.

A educação dos pais é a fotografia e modo de agir dos filhos.

O que vem acontecendo na realidade é que tem pais que agem diferente, procurando "santificar" os filhos e desrespeitando os professores quando informam aos pais o que os filhos deles estão fazendo na escola e que não constam dos conteúdos e atividades pedagógicas e "educacionais" da escola.

No Brasil de mãe preta e pai João, a educação básica tem por finalidades e objetivos precípuos desenvolver o discente, claro se ele quiser, a força bruta na base da palmatória não existe, bem como qualquer outro meio de coação direta e ou indireta, tendo a família como esteio central para assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício pleno da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e bem assim em estudos posteriores de graduação e de pós-graduação. A família precisa estar presente na escola e assim fazer exigências pontuais aos seus filhos para não coisificar o presente e ter um desastre no futuro bem próximo em suas vidas.

Aí o bicho pega, os pais ficam jogando para as mães e vice-versa, daí vem o entretenimento dos pais não acreditar na informação da escola em relação às práticas alienígenas dos filhos para com colegas dentro e fora da sala de aula.

Não se pode instruir no caminho da formação escolar sem educação familiar.

Onde falta confiança não tem respeito.

E se os pais, que também tem suas religiosidades, suas profissões, suas ocupações e opções ideológicas, orientações diversas sociais, etc., não estiverem imbuídos na educação dos filhos que nada tem a haver com a aprendizagem escolar, a vaca pode ir para o brejo antes do tempo.

É importante lembrar e relembrar quantas vezes forem possíveis o que os pais devem e ou não devem fazer:

1º) Terceirizar a criação do filho de maneira alguma, isso não é responsabilidade da creche, da escola de educação básica e muito menos da universidade;

2º) Procurar ser fã número 1(um) de seu filho, procurando verificar o que está indo certo ou falta ajuste;

3º) Lembrar que um dia os pais também foram crianças, são capazes de tudo e de inclusive nada;

4º) Desafiar seu filho sempre que possível, impondo-lhe amigavelmente, tarefas difíceis;

5º) Impor limites em tudo que o filho quer ou não quer fazer;

6º) Ter em mente que o filho geralmente segue o exemplo dos pais em tudo, não importa se certo ou errado;

7º) Procurar valorizar as iniciativas positivas e não os fracassos durante a caminhada pessoal e escolar do filho;

8º) Sair da rotina e ou da mesmice com seu filho, basta ter boa vontade por parte dos pais, por exemplo, visitar praias, monumentos históricos, assistir filmes relacionados as artes, aos bons costumes, etc;

9º) Ser firme ao dizer "não" e procurar evitar conflito entre o pai e mãe para saber o que o filho pode fazer e ou deixar de fazer ou quem manda mais no filho e na família;

10º) Evitar ser demasiadamente proibitivo em tudo;

11º) Procurar valorizar os gostos de seu filho;

12º) Evitar corrigir seu filho com raiva, etc;

13º) Ignorar seu filho quando estiver fazendo pirraça;

14º) Conversar depois da disciplina severa, voltar ao diálogo de pais e filhos;

15º) Procurar mostrar ao filho uma consequência lógica de uma má ação;

16º) Ensinar ao filho ser responsável por seus atos, nada de passar a mão na cabeça e pronto;

17º) Pedir perdão quando errar ao filho, isso é prova de amor e de humildade;

18º) Falar menos e ouvir mais seu filho até o fim sem interrompê-lo;

19º) Priorizar os princípios em vez de regras em relação ao filho;

20º) Incentivar ou motivar seu filho em vez de obrigar;

21º) Criar rotina diária com tarefas claras (hora para acordar, tomar banho, refeições, estudar, assistir tv, etc) para seu filho no ambiente familiar;

22º) Ensinar o seu filho a compartilhar o que tem, porque todo ser humano é egoísta em sua essência;

23º) Contar estórias para seu filho de acordo com a faixa etária dele;

24º) Orar e ou rezar todos os dias por seu filho;

25º) Abençoar seu filho todos os dias;

26º) Procurar não destruir os sonhos de seu filho(a);

27º) Educar filho inspirador em outras personagens importantes da história (Jesus Cristo; Jeová; Santos Dumont; Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Lutero, Freud, etc).

Invente e acrescente o que achar melhor para educar para a vida o filho amado e querido.

Nada de faça o que lhe mando fazer e não faça o que faço.

A educação deve ter princípios e não apenas fórmulas e técnicas, porque os princípios educacionais são formadores da ética e do caráter de cada aluno e futuro cidadão, enquanto às técnicas e as fórmulas podem mudar segundo a sociedade.

O mundo não aceita fracasso de ninguém e não vai diferente se seu filho for um dia fracassado.

É o cúmulo os pais não saber como agem com seus filhos e jogam os ocorridos deles negativos como influência de amigos e colegas apenas, quando os filhos deles são os influenciadores em desmandos morais, sociais e físicos, inclusive se transformando em casos policiais no Brasil e no mundo.

Os pais devem ter em mente que a escola é responsável em instruir, "ensinar" , enquanto a educação é de inteira responsabilidade deles genitores e chefes da família, projeto de Deus que não se confunde com o projeto pedagógico da escola, por mais objetivos gerais e objetivos específicos que tenha a escola.

Que esperar de uma família que chama, embora indiretamente que a escola X professores de seus filhos não falam a verdade?

Educar não é fazer fuzuê!

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/08/2023
Reeditado em 17/08/2023
Código do texto: T7862618
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