Viagem astral

Sempre que tenho oportunidade, tento uma viagem astral. Geralmente em casa, fecho as janelas e cortinas, desligo telefones e tudo o que possa puxar-me repentinamente da situação. Embora tendo praticado amiudadamente, posso contar nos dedos as vezes que consegui, de fato, tal proeza. A liberdade de Viver algo grandioso, sem as mesmices e o desejo de materializar os cenários épicos da mente, aumenta meu apetite por belezas que possam existir também em outras vidas .Numa dessas tentativas, quando dei por mim, estava flutuando pelas ruas de uma colônia espiritual. Que lugar lindo, espetaculoso. Não há igual por aqui! Pessoas queridas que, agora vejo, não morreram mas apenas foram antes de mim, sorriam e se alegravam em me ver por ali. Eu seguia calada mas, ao mesmo tempo,

por aqui eu falava com Pedro, meu marido, tudo o que ocorria e eu podia apreciar. Alguém me disse que ali não era a minha colônia mas que também não era a hora de conhecê-la. Com isso, entendi, então, que quando partimos e alguém diz "até um dia", nem sempre nos encontraremos, uma vez que nem sempre iremos para a mesma colônia. Cada colônia é destinada a uma causa Mortis. Lá ,onde eu estive, com certeza, todos, sem exceção, tiveram a mesma causa Mortis. Esses experimentos me fazem crer, cada vez mais, que o "mundo" que conhecemos é ínfimo. Há um mundo desmensurável desconhecido.

Jandiel

Jandira Leite Titonel

jandiel
Enviado por jandiel em 14/08/2023
Reeditado em 06/01/2024
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