DIA DOS PAIS.

Neste domingo comemoramos o dia dos pais, uma das datas mais esperadas do ano, principalmente para os comerciantes vislumbrando maiores lucros com a data. E por falar na data... A origem do Dia dos Pais no Brasil está relacionada a uma ação comercial do publicitário Sylvio Bhering, em 1953. Sua ideia era estimular as vendas no segundo semestre, uma vez que as grandes datas comemorativas estavam no começo e no final do ano. Assim, o Dia dos Pais surgiu para movimentar o comércio no meio do ano. No início das comemorações o Dia dos Pais era celebrado em 16 de agosto, coincidindo com a celebração católica de São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus. Contudo, ao longo do tempo, mudou para o segundo domingo de agosto.

Embora a data tenha sim haver com o comércio e troca de presentes, ela é muito mais do que isso. É o reconhecimento daqueles que são heróis anônimos espalhados por todos os cantos.

Existem vários tipos de pais, cada um à sua maneira, do seu jeito. Exemplos não faltam, quero falar apenas dos bons. O primeiro que me vem à mente é José, o carpinteiro, esposo de Maria. O pai terreno de Jesus. Naquela época, ficar sabendo que sua noiva está grávida antes de recebê-la como esposa, ainda mais quando a mesma dizia ser obra divina... Vamos combinar, José é um pai exemplar. Deus faz escolhas perfeitas, uma delas foi José como pai terreno de seu filho, cuidando do menino como se fosse sangue do seu sangue, amando-o e ensinando o seu ofício com todo carinho e dedicação.

A bíblia é repleta de pais magníficos.

Abraão por exemplo, gerando um filho aos noventa e nove anos. O patriarca bíblico prova a sua grandeza quando posto à prova por Deus, ao ponto de quase sacrificar o único filho por amor e obediência ao seu Deus. É claro que Deus não permitiria tal coisa, a recompensa de Abraão pela obediência foi ser pai de uma grande nação. Existem inúmeros exemplos bíblicos e até não bíblicos que eu poderia citar como tipos de pais impressionantes. Porém, eu não poderia deixar de falar do melhor de todos, o meu pai, meu guerreiro e herói. O seu nome é Antônio de Pádua, um sexagenário de estatura baixa, bem humorado, pai amoroso, exemplar, venceu um câncer, construiu uma bela família, cuidadoso e dedicado em tudo, que fez de mim o homem que sou. Vale dizer que esse herói ainda trabalha, mesmo depois de se aposentar.

Eu sei que muitos dos leitores ao pousarem os olhos nesta simples crônica, os encheram de lágrimas lembrando-se do pai que já partiu para eternidade. Aos que ainda tem os seus, assim como esse que vos escreve, valorize-os a cada segundo, a cada dia, não somente nesta data. Para muitos, é apenas um presente, um almoço diferente, um churrasco, carinhos, e depois, o esquecimento. Não é para ser assim. Valorize aquele que daria a própria vida por você. Digo isso porque também sou pai de uma menina belíssima, e digo sem medo de errar, eu daria minha vida por ela, assim como o meu pai pela minha. Busco todos os dias ser o melhor filho do mundo e melhor pai também.

Um feliz dia dos pais.