DE VOLTA À ROTINA QUE ME FAZ BEM!
Após Deus recolher a minha companheira de 33 anos, mãe do nosso casal de filhos, ambos casados, a minha filha tomou a iniciativa de vir morar bem próximo a mim, mais por compaixão filial do que numa fria tentativa de "salvar" o seu casamento que vinha à bancarrota, cheio de altos e baixos, prestes a naufragar entres incompatibilidades de gênio e algo mais. Após esta tentativa fracassar, resolveram apelar para aquela música do meu xará João Bosco: um prá lá, um pra cá, para ser mais preciso, DOIS PRÁ LÁ DOIS PRÁ CÁ. E assim ela resolveu me fazer companhia, literalmente, morando no nosso apartamento que também é dela. Mas como a vida dá muitas voltas ou nós é que a damos, não sei, eis que, quando menos eu esperava, como sempre, pois nesta questão nunca deu palpite ou opinião incisiva, sempre fiquei mais na minha, como se costuma dizer, eles reataram o casamento, a vida separada que estavam vivendo e com esta atitude, lá se foram também, obviamente, os meus netos que mudaram um pouco a minha rotina de vida. Principalmente quanto a hora de dar comida pra eles ou levá-los ao colégio e, posteriormente, levar ou pegar ambos nas vans que os levavam e traziam da escola.
Após a mudança domiciliar deles para outro bairro, a monotonia da minha rotina voltou a imperar com força total, do jeito que eu sempre apreciei. Pois, como sou bibliófilo e escritor, todo o silêncio que eu puder usufruir como companheiro inseparável é, foi e será sempre benfazejo, útil, agradável etc. A minha rotina só é quebrada de 15 em 15 dias quando eles aparecem para uma visita de dois dias, quando aproveitamos para "brincarmos" um pouco com alguma descontração. Mas, por falar nisto, qual é a minha rotina mesmo? 7.00 = acordo e levanto para tomar café, meus remédios contínuos, alimentar os peixinhos no aquário, ler e depois escrever algo. 10.00 = caminhada pelo bairro com uma rápida passagem por uma lotérica para "depositar" um sonho qualquer; 11.00 = após banho e mais um cafezinho costumeiro, assisto um pouco das notícias do esporte e do mundo em geral. Neste ínterim, almoço e depois, a minha soneca sagrada de 45 minutos. Restante da tarde, mais leitura e escrita. Após as 18.00 uma novela+jornal+novela e futebol ou vôlei pela televisão, lógico. 23.00, após agradecer a Deus por mais um dia, caio nos braços de Morfeu. E assim é a minha rotina, não esquecendo que, amiúde, assisto alguma missa ou terço pela televisão, mas tudo dentro do limite, sem fanatismo, apesar de já ter estudado 8 anos para me formar em padre, sonho este que não foi concretizado à minha revelia. Mas isto é outra história que já se transformou em livro que pretendo publicar com o título: APOSTASIA INVOLUNTÁRIA.