Centro da Cidade
“Dias de verão e noites de inverno
A cidade as vezes parece um inferno”
Capital Inicial
Na cidade, as coisas são caóticas. Cada um seguindo seu caminho, fazendo suas coisas, seus “corres”, em linguagem popular. Cada um vivendo em seu mundo. Têm pessoas na rua de todos os tipos velhos, crianças, jovens, adultos, mulheres, homens. Uns mais lentos e outros apressadinhos. Cada um com seu estilo. Há pessoas que, realmente, vivem na rua, os conhecidos moradores de rua. Acontece muito de vermos alguns jogados no chão, pedindo dinheiro. Outros “se virando” fazendo acrobacias e coisas do tipo por algum trocado. Muitas pessoas tentando vender doce. E, dizem assim: “compra pra me ajudar!” Outros entregando folhetos...
Os sons da cidade são bem estressantes: carros com suas buzinas, os motoqueiros com os “ran tan tans”, anunciantes, pessoas conversando, obras... que se misturam formando o som da cidade. Contudo, têm vídeos no You Tube com sons da cidade gravados para quem quiser com a legenda de que são calmantes. Bom, quem sou eu pra dizer que não, apesar de ter dito serem estressantes, há momentos que nós queremos ouvir a cidade.
Meio que a dinâmica da cidade gira em torno do dinheiro. Tudo que se faz é pelo dinheiro, as lojas, clinicas odontológicas, farmácias, mercados, hospitais... em fim tudo que motiva as pessoas a circularem pelas ruas é movido pelo dinheiro. E, tudo bem, se você tem dinheiro. Mas mesmo, as pessoas que não tem, vão para lá. Por quê? Acho que é porque as oportunidades de emprego, normalmente, estão nelas.
Bom, melhor especificar que quando falo cidade, quero dizer sobre o centro. Porque essa não é a realidade da cidade inteira. Normalmente, as pessoas mais pobres moram em bairros periféricos. É muito comum vermos a criação de conjuntos habitacionais sempre bem distantes do centro. É uma tentativa de esconder o que não é belo: a pobreza.