AH! ESSES HUMANOS...
Somos sábios, tolos, humildes, arrogantes, egocêntricos, altruístas, crentes, céticos, mansos, rebeldes, questionadores curiosos e entre outras qualidades, adaptáveis e eternamente insatisfeitos.
Mesmo aqueles que se dizem plenos, que não precisam nem querem nada, acham que a parede da casa precisa de pintura nova ou que o chão precisa ser novamente varrido. Parece tolice, mas esses pequenos desejos são sinais de insatisfação com a atualidade.
Por que?
É a pergunta que nos segue desde a mais tenra infância até a hora da morte. Em busca das repostas criaram-se as ciências que, como nós seus criadores, têm verdades efêmeras porque tudo muda a todo instante.
Somente a matemática é imutável, porque não é ciência, mas apenas a ferramenta universal.
Tudo mais depende das condições de temperatura e pressão cujo exemplo mais marcante, na minha opinião, se dá com o elemento Carbono que, quando cristaliza no sistema cúbico resulta em diamante para as joias mais caras, se hexagonal, grafita maioritariamente usada em recheio de lápis.
Até hoje não encontramos as repostas definitivas para as perguntas fundamentais da filosofia – quem somos nós?; de onde viemos?; para onde vamos? –
E talvez nunca tenhamos consenso, porque a nossa individualidade e poder de análise fala mais alto quando nos apresentam alternativas, principalmente as dogmáticas estabelecidas pelas religiões que têm origem no medo ancestral, mais do que necessário para conservação da espécie por conta da nossa fragilidade e a falta dos atributos de ataque e defesa presente nos outros animais.
Dogmas, que em verdade são achismos sem quaisquer fundamentos sólidos, porque, a maioria carece de algo palpável que dê corpo à ideia.
Daí surgem as imagens zoomórficas ou antropomórficas em totens, bonecos de vudu, deuses, orixás, santos ou arabescos gravados em colunas e paredes que se completam com vestes e movimentos ritualísticos, oferendas, incensos, cânticos, danças, comidas e bebidas.
Nosso tamanho dentro do universo é insignificante, mas temos a capacidade de entende-lo, de avaliar, de experimentar, de medir as distâncias que nos separam daqueles corpos brilhantes que atraem a nossa curiosidade desde tempos imemoriais e que hoje sabemos, já não mais existem na forma que tinham quando a luz foi emitida muitos milhões de anos atrás.
Podemos construir ou destruir muita coisa, mas a nossa capacidade está restrita a pequenos ambientes e jamais alterará as condições gerais do nosso planeta conforme pregam os “sabidinhos sem caráter” arautos do aquecimento global, do derretimento das calotas polares e do aumento do nível do mar.
Todos os atuais seres vivos tendem à extinção e serão substituídos por outros conforme a sucessão das espécies assim como os fenômenos físicos, climáticos ou meteorológicos que estão ocorrendo na atualidade já ocorreram no passado e tornarão a acontecer no futuro independentemente da nossa presença, ações ou ausência porque somos apenas parte da natureza e como todo resto hoje estamos diferentes do ontem e do amanhã...