DEMOCRACIA. CRISE. SUA EXISTÊNCIA DESACREDITADA. CAOS SOCIAL.

“ Todos em uníssono entoam hinos sobre a temperança da beleza e da justiça, embora difíceis e trabalhosas, ao passo que a intemperança e a injustiça são coisa suave e fácil de alcançar, odiosas apenas à fama e à lei”. Platão. A República, fls. 64. Edição Calouste Gulbekian, tradução e notas Maria Helena da Rocha Pereira.

Em Platão a convicção democrática fundou-se na ideia de forma de governo praticada por muitos, o mesmo em Aristóteles.

Equívoco lógico intenso e absolutamente impossível como realça nessa obra universal; seria uma democracia a farsa – governança direta – que nunca ocorreu, nem nas “ágoras” onde se reuniam cidadãos para debaterem e deliberarem na antiga Grécia.

Na obra citada, "A República", Platão questiona o funcionamento do regime democrático de forma epistemológica e sob o âmbito ético, axiológico, evidenciando os riscos morais presentes para seu fundamento basilar, fundamental: a liberdade. Esta segundo o grande cérebro, restava desfigurada.

O mundo estertora entre calamidades físicas e maldades extremas, falidas as liberdades, força do direito, mas há algo sempre a espreitar uma mudança, sem o que os movimentos fundados na real liberdade e resistências contra a opressão cessariam.

Essa transição está acontecendo e vivifica quando se vê as forças contra o mal se agigantarem, colocarem-se em virtual estado de defesa. Só não se sabe a quantidade dessa força, seu surgimento e revelação definitivas quando se darão. Mas operam.

O mundo espiritual está em franco movimento, convocando alguns como intérpretes de sua presença. Nisso há de residir a crença humana na boa vontade. É dela que virá a normalização. em que pese ser vasta a temporalidade.

No Brasil essas facetas se instalam contemporaneamente com galas de visibilidade a todos, acadêmicos ou não. A dita e inexistente democracia, apanágio de muitas dicções, enche a boca do crime, todos os crimes, e grupos se associam para combalir e defenestrar o pouco que resta de ética e respeito às leis. E onde está a lei? Na sociedade por representação. Onde ela quer, sem poder, ser preservada, tendo que ceder a ‘fartos grupos criminosos” de todos os matizes, que pretendem total dominação e caminham agora de mãos dadas às claras.

Os criminosos se deram as mãos. Há uma institucionalização do crime, do malfeito, do desapossamento do que é legítimo, da derrubada do direito de todos. E isto é anunciado solenemente.

Quem puder e quiser leia essa edição da REPÚBLICA, será aquinhoado com a verdade da lógica irrecusável.

Dialoga Platão na obra sic: “Perfeitamente claro para nós o que seja cometer injustiças, ser injusto e praticar a justiça, uma vez que o é o que seja a justiça e a injustiça. Como assim? É que realmente não divergem nada do que seja saudável e doentio: o que aquelas são no corpo, são para a alma. De que maneira? As coisas sãs produzem a saúde, as doentias a doença.

Qualquer um sabe o que seja doença e saúde.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/08/2023
Reeditado em 11/08/2023
Código do texto: T7852543
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