O JOGO NEM COMEÇOU
Francisco de Paula Melo Aguiar
O jogo nem começou já tem gente no "pódio", uma espécie do mito da caverna.
Sim! Porque o mito da caverna na vida humana tem dois significados, um real e outro irreal ou ilusão.
Quem gosta de jogar qualquer tipo de jogo para ver se tem sorte, joga o jogo do bicho, a loteria esportiva e ou não.
Tudo para vê se cola, porque se colar, vai ficar rico com o prêmio, etc, mas teve jogar antes, sem jogar nada feito, nem ganha e nem perde, ficam as frustrações e os medos.
Só não ficará rico se jogar tudo que tem no jogo barato do carteado fracassado, do caipira pobre de seis bichos com carta marcada no preço da aposta, encontrado em festas cíclicas, onde o dado jogado sempre leva vantagem, porque é viciado para atender o dono do jogo.
É mito dizer que tem sorte e ou destino.
A sorte só tem se participar do jogo, onde só é ou só perde quem jogou.
Portanto, o mito da sorte se paga para vê se perde e ou se ganha.
E não é diferente o danado do destino, pura ilusão tal mito, porque não há destino quando não se deu a primeira passada para ir para lugar nenhum. O destino só existe se jogar.
Nada de confiar em sorte e ou em destino, ambos os termos, representam o mito da caverna moderna no que é sonho e no que realidade.
Assim sendo, antes tem o "se" jogar para ganhar ou perder. E não é diferente no tocante ao destino, se não foi para lugar algum o destino puro e simples do ganhar e do perder, não se realiza se sair do lugar.
A sorte e o destino não é um câncer que se nasce, cresce e morre com ele.
Nada de sorte sem jogar e de destino sem se mover, porque a maior decepção do homem é não saber lidar com o real, assim as possibilidades são mínimas, porque quem quer vai e quem não quer fica, no dizer do imaginário sábio e popular.