Traficantes
Quando era criança, ouvia meus pais alertarem sobre o perigo do tráfico de drogas na comunidade e na cidade e dos traficantes, um medo aterrorizante nos tomava na cidade de no.maximo 40 mil habitantes. Na época, década de 80, os traficantes eram dados como criminosos perigosos, quem pudera voltar à década de 80 combatendo só o traficante de drogas..., Hoje com os dispositivos tecnológicos e a política neoliberal centrada no ganha ganha ou no ganha perde, deixou de existir preocupações de aspectos sociais, a ética deu espaço a negociação entre traficantes nas várias escalas sociais. Traficantes políticos, traficantes de informação e desinformação, traficantes de corrupções em escalas privadas e públicas. As necessidades emergentes o compromisso com a honestidade deu espaço ao adaptações e elasticidade nos negócios, o roubo virou desvio de verbas, aliás tudo se fixa tão exageradamente em torno do dinheiro que na pirâmide social temos escravos do sistema, escravo de favores e escravo de dinheiro. Para compreender tudo isso hoje os traficantes tem carteira assinada, são legitimados por leis que os protegem, saudade do combate daqueles da década de 80, com o marketing e os novos conceitos , o eufemismo nem tem mais relevância na gramática, pois tudo está estruturado no eufemismo , os traficantes de hoje são centrados na negociação de favores, são especialistas em atar e desatar caminhos para o coletivo que restringe-se àquele no qual faz parte, passiva do sistema, os traficantes do agora exploram uma mídia que vive da migalha do jogo de interesse, como uma cafetina bajulando prostitutas e nesse jogo de mentira e troca de favores e sensacionalismo o bandido vira mocinho e vice-versa, o traficante que temia na década de 80, virou fantoche na mão dos traficantes da polis. Nesse interim aqueles que não compactua vira escravo, ou são chamado de povo; será que povo tem sinônimo de fantoche..., bem...,que este trabalha por subsistência à moradia e ao não é novidade, de quando em quando aparece um circo, tem o circo esportivo com copas e o circo teatro com cam campanhas, políticas, meio a traficante d traficantes não existe mais uma proposta de galgar sonhos, pois tudo aqui se torna previsível, e manipulado, até que mídia , corrompida e desviada, lança que vendedor de caneta ficou milionários, esquecendo-se de que o sobrenome já trazia consigo a corrente milionaria, mas que frente à mega propaganda quase que acabamos por acreditar. Assim, finge-se uma democracia, e todos os dias vamos ao Pelourinho, caso não produzamos o suficiente pra nos mantermos. A isto tudo dá-se o nome de liberdade de escolha, e nesse cassino de jogatinas finge-se tão perfeitamente que os traficantes ficam invisíveis e aumentam cada vez mais seu poderio, e nós, os Smiths de matrix, crescemos como robôs programados, clonados pra uma única atividade, produzidos em séries que recebem inclusive modelos, x, y ou z. Admirável mundo novo pode ajudar a compreender a realidade de hoje, contudo compreender não significar aceitar.