A REFORMA...

O tempo passa e é implacável.

Vento, chuva, sol e o uso são ingredientes de vida que, com os anos, corroem o visual.

Digo visual porque me recuso a falar sobre aquilo que funcionava muito bem e deixou de funcionar, do nada!

Do nada é modo de falar. É pelo tudo mesmo! Pelo uso intenso.

As coisas são coisas e como tal dependem da atividade humana, tanto para ser útil como para parar de funcionar e dar trabalho. Rsrsrs.

Normal.

Mais aí vem a necessidade de reforma. Quando você vê. Quando pára. Quando percebe. Tem muita coisa pra ser consertada. É problema elétrico. Hidráulico. Estrutura em geral. Pintura. E aí vem o inesperado: necessidade de dar um retoque para me renovar no aconchego. Outro visual. Outra cor. Outra vida! Renovação...

Aí é só preparar o bolso e deixar outras prioridades porque a reforma é cruel com o orçamento do lar

Mas, ainda bem que tem validade e é premente depois que boa parte da casa pára de funcionar. Isso demora anos. Nesses intervalos aproveitamos para fazer outras coisas que nos dá prazer: uma viagem, uma praia ou qualquer outra coisa que requer mexer no orçamento familiar.

Mas, vamos à reforma.

Não sei se é porque estou vivendo que fiquei atento a isso. Aqui no meu bairro a cada quadra tem uma casa em reforma.

Não entendo isso. Aliás. Se for pelo meu exemplo é porque as pessoas saíram de um momento difícil e entenderam que não interessa a crise dos juros. O que importa é viver enquanto vive.

Aí, como não sou rico, nem dono do dinheiro, tenho que aguentar a reforma dentro de casa.

Quanto pó. Quanta necessidade de limpeza. Quanto acúmulo de lixo. Restos de cimento, areia e outros derivados de uma obra.

Depois do pedreiro vem o pintor. Nova poeira. Cheiros diferentes e intensos. Mas, as cores vão te animando e o ‘parece novo’ toma conta de você.

Ai você pensa: Quando tudo isso acabar vou fazer uma festa e comemorar o ‘novo diaraque’. Bobagem né!

Cadê o dinheiro pra isso?

A reforma sempre ‘arromba’ o seu orçamento.

Hoje, depois de uma semana intensa de pó, sujeira, tudo coberto e fora do lugar bateu-me esta inspiração.

Isso é prova eloquente de que a escrita é só um estado de espírito que oscila entre a realidade e a emoção de estar vivo e poder dizer o que está sentindo.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 29/07/2023
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