Pena de Morte: afronta a Deus
PENSEI em dar uma palhinha sobre as transações via PIX detectadas pelo Coaf referentes ao tenente coronel Cidão e também nas movimentações pela mesma via do capitão cloroquina. Quantias altíssimas, mas vamos deixar as autoridades prosseguirem as investigações. Também pensei em comentar sobre a copa do mundo feminina, mas isso seria impossível porque não assisto futebol feminino. Sou contra. Coisa de velho reacionário que não assimila essa “conquista” das mulheres. Na verdade sou meio arredio à moda. Eu sou assim, quem gostar de mim eu sou assim, como diz o samba.
Resolvi então protestar contra a execução de uma mulher pelas autoridades de Singapura, cidade estado do Sudeste Asiático, muito desenvolvida e rica, mas que ainda é adepta da pena de morte. Ontem executou por meio de enfircamento, uma mulher, Saridewl Djanami, de 45 anos de idade, acusada de tráfico de drogas. Foi a primeira vez em duas décadas que Singapura enforca uma mulher. Essa foi a décima quinta mulher executada naquela cidade estado, nação desenvolvida mas com um governo autoritário que condena até mulheres à pena de morte. Não se discute a necessidade de punir exemplarmente traficantes de drogas, mas não se pode admitir a pena de morte porque é uma afronta a Deus.
Não estou defendendo o crime da mulher que foi enforcada, mas a crueldade da pena de morte. De nada valeram os apelos das comissões de direitos humanos, da Federação Internacional dos Direitos Humanos e nem da Anistia internacional para que o governo suspendesse a execução da mulher. Singapura preferiu afrontar Deus. William Porto. Inté.