Dia do Escritor?

Propositadamente, esperei o dia passar, olhei o noticiário, li alguns jornais, visitei sites e me dediquei a ler duas crônicas, que, por sinal, são de duas escritoras admiráveis: a Lia Fátima e a Giselle Vitorino. E só.

Esperei para ver e vi. Vi a apatia, a desmobilização, a indiferença dos escritores vivos e a irreverência para os que marcaram suas épocas.

Assim, "pegou mal para mim" ter ficado em "stand by" esperando o dia passar, para, então, falar dele num tom ácido; prejudicou minha manhã. Amanheci me perguntando: que país é esse? Isso não me fez bem.

Enfim, o Dia do Escritor passou em branco; nenhuma ação governamental relevante, as entidades que se dizem do livro só hastearam um banner no próprio site, as editoras falidas, as livrarias fechadas e os renomados na tinta e na caneta não deram uma nota de rodapé, apenas para disfarçar a hipocrisia. Um bando de mequetrefe, que só deixam agora impressões no papel higiênico.

Por fim, por causa das minhas observações de ontem eu me tornei um escritor militante. Já deu! Agora vamos às providências. Vem comigo!

Radamés Ferreira Sacramento
Enviado por Radamés Ferreira Sacramento em 26/07/2023
Código do texto: T7846216
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