Crônica sobre tudo.
Eles crescem pisoteando nossas cabeças.
Nos ensinam a chorar em silêncio pois nossas fraquezas não podem ser mostradas, não podemos ser humanos.
Nos impedem de viver nos escravizando.
Nos ensinam o que não precisamos.
Nos fazem usar o que não gostamos.
Nos domesticam, nos cegam.
Sem motivos, sem pretextos,
Apenas pra que, ocupados demais,
Não consigamos enxergar,
Só enxergarmos quando a vida começa a se esvair,
Quando ficamos cara a cara com o Epitáfio.
Mas já é tarde demais,
Tanto pra berrar o quão errado eles estão, como pra voltar atrás.
É ridículo! Supérfluo!
Mais ridículo ainda é que:
Nós aceitamos, pois não fomos ensinados a nada menos que aceitar.
Simplesmente aceitamos calados enquanto choramos sozinhos.
Simplesmente chegamos ao estopim de não aguentar mais,
E ver cada dia passando, como se fosse o ontem.
Nada de novo, tudo rotineiro,
Seguindo a risca, tudo que eles nos ensinaram.