A REALIDADE DAS HISTÓRIAS DE AMOR (crônica)
Permitam-me filosofar!
A única prova da verdadeira história de amor é quando os enamorados sentem-se vulneráveis, mas dispostos a se jogarem no mais profundo precipício dos sentimentos sem medir consequências. Quando os envolvidos estão dispostos no repente a lutar e morrer pelo caso de amor que acabou de surgir. Desde o início misteriosamente estão amado para somente depois se conhecerem.
Todos os sentimentos humanos são precipícios. Os de bem e os de mal. Os bons e os ruins, os sentimentos de alegrias e tristezas, de amores ou indiferença, respeito e desrespeitos. Alguns, como estes, bastam de exemplos!! Neles se cai os temerosos sem saber a profundidade e consequências de se chegar ao fundo. No amor verdadeiro, os enamorados não ficam na beira até descobrirem no que vai dar. Precipitam-se; e pronto.
Não vamos confundir a descoberta do amor verdadeiro com paixão. A paixão, embora saborosa por curto período queima e destrói, enquanto o verdadeiro amor são de olhares, desejos tímidos, gracejos libertinos recheados do medo de abusar e de pôr tudo a perder. A paixão é despir-se de uma vestimenta sem razões ou parcimônias, enquanto o verdadeiro amor é o passo a passo de se vestir gradativamente, aprovando o cerzir das provas com pontos delicados, reparando defeitos, ajuntando momentos comuns como um poema desejável de nunca se acabar.
Permitam-me insistir na seguinte comparação: O momento da paixão é o da pressa, dos falsos beijos orgásticos sem sabores ou dos prazeres duradouros, e falta de romantismo, talvez despedida imediata sem volta. O verdadeiro amor, por sua vez, são pinceladas numa obra de arte. Um movimento preciso de cada vez para atingir a plena beleza, mesmo que, também, não dure até que a morte separe, porém sem se autodestruir pela eternidade.
Ouso-me, para concluir, prosear com uma frase poética: O amor verdadeiro, é quando tudo acontece com sentimentos calados por não encontrarem palavras nos dicionários que bem o represente. É se jogar no mais infinito dos sentimentos, sem previsão do que vai encontrar, mas sabedor que valerá a pena vivê-lo.