O pintor, e o pincel mais o estojo das tintas admiram sua obra

A pintura a óleo é uma técnica artística que utiliza uma mistura de pigmentos e óleo de secagem, como o óleo de linhaça, para formar uma tinta brilhante e de secagem lenta.

O maior tempo de secagem característico da tinta a óleo permite que o artista trabalhe na mesma obra por vários dias, ajustando detalhes, recriando cores e desenvolvendo novas formas. Portanto, a pintura a óleo é ideal para pessoas detalhistas e que gostam de retocar a obra mais de uma vez.

Mas vale ressaltar que “secagem” não é o termo mais adequado, já que a tinta a óleo não seca, mas endurece. E quanto mais grossa for a camada de tinta, mais tempo ela demorará para endurecer. Nesses casos, o processo pode levar de algumas semanas até anos!

A tinta a óleo ainda apresenta um brilho natural que pode variar conforme a quantidade de óleo usada na mistura com o pigmento.

Parece ter vida própria, se tudo corre bem, essa obra vai marcar terreno à se vai é uma figura dá impressão de ser real. Sinto que transmitimos carinho, simpatia, e a muita ternura embutido nessa tela sem mencionar o valoroso amor. Dedicamos o manuseio do mestre a essa belezura que passa por natural.

Posso imaginar que ele está pensando; sua arte mostra que tudo na vida de pente de como vemos a coisa, e como relacionamos, mas há, também, aquele sentimento de obrigação consanguínea, resultado de culturas, moralidades, costumes, que nos obrigam o trato mais ou menos esporádico, o respeito eventual, o bom-dia, o boa-noite, o até mais, a videochamada, o parabéns no aniversário, às vezes nem isso, claro, sem ressentimento nenhum, as afinidades são outras, o cotidiano insondável para aqueles distantes, ainda que geneticamente vizinhos, como se a genética também não cometesse seus deslizes insensatos, percorremos seiscentos quilômetros em busca destas conexões,

Deve ter havido um cafuné, um abraço legítimo, uma frase de estímulo, um silêncio tolerante, um sorriso alentador, agora alojados nos escaninhos do inconsciente, senão por que nos lançarmos aos riscos, ao desgaste de uma viagem longa, a uma visita? Às vezes nos esforçamos, às vezes não há sequer esta necessidade, a música, a brincadeira, o diálogo, mas serão transponíveis esse sorvedouro, essa distância? Nunca desejamos cometer os mesmos erros, ainda assim, a armadilha feita, caímos, docilmente, e se não for nada disso, há a esperança, esse retrato a óleo mostra o sufocar de tudo.

Jova
Enviado por Jova em 21/07/2023
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