Qual é o tempo de uma saudade?
Qual é o tempo de uma saudade?!
No pulsar do tempo, entre encontros espaçados e um amor que transcende o calendário, vive-se uma crônica de um pai que vê sua filha a cada 15 dias. Não são as horas juntas que medem o valor desse laço, mas a intensidade do sentimento que pulsa em seus corações quando finalmente se reencontram.
Nos primeiros raios do sol, quando o novo dia surge timidamente, ele já acorda ansioso. O coração embebe-se de emoção ao pensar que está mais perto de encontrar o fruto de seu amor. Cada minuto é uma contagem regressiva, e o sorriso no rosto reflete o brilho da expectativa.
O calendário marca o dia marcado para o encontro, e o pai segue viagem com o coração batendo no ritmo dos ponteiros do relógio. São quinze dias de saudade que parecem uma eternidade, mas o reencontro está além de qualquer medida de tempo. É um encontro de almas, de risos, de abraços que renovam o amor.
Enquanto a ansiedade cresce, ele recorda todos os momentos vividos juntos: as brincadeiras no parque, os segredos compartilhados ao pé do ouvido, as histórias antes de dormir. Essas lembranças aquecem a alma e o fazem sentir-se mais próximo, mesmo que a distância física insista em se fazer presente.
Finalmente, os ponteiros do relógio se aproximam do momento tão esperado. O coração parece querer saltar do peito ao ver o sorriso radiante daquela que é sua razão de viver. A cada reencontro, a conexão se fortalece, e o elo inquebrantável entre pai e filha se refaz.
Juntos, eles vivem intensamente os poucos dias que têm. Cada segundo é preenchido com amor, risos e cumplicidade. Nos abraços apertados, sentem que estão protegidos, mesmo sabendo que em breve terão que se despedir novamente.
Ao chegar a hora da partida, o coração se aperta. As lágrimas escondidas nos olhos não negam a dor da separação, mas também são o testemunho do amor incondicional que nutre essa relação única.
E assim, o pai parte com a certeza de que esse amor supera distâncias e vence o tempo. Ele sabe que mesmo longe, estará sempre presente na vida da sua filha. A saudade é apenas o preço que paga pelo privilégio de viver o amor mais genuíno e verdadeiro que existe.
Quando se veem novamente, quinze dias depois, tudo se repete: a ansiedade, a saudade, a intensidade do amor. Essa é a crônica de um pai que vê sua filha a cada 15 dias, mas cujo amor transcende cada instante que passam separados. E nessa dança do destino, eles aprendem que o amor não se mede em encontros frequentes, mas sim na eternidade de um sentimento que é maior que qualquer intervalo de tempo.