Se ela é linda
E como essa mulher era linda e de formosura majestosa. E tinha o nome de Jeniffer e com seus trinta e três anos era diarista e atendia cinco casas diferentes por semana e vinte casas por mês. E levava para o trabalho a roupa de trabalho e como ela falava a roupa de briga e depois de acabado o trabalho vestia uma calça jeans e uma camisa muito bonita e nem parecia que ela era faxineira. E por semana ela faturava um terço de salário mínimo e no final do mês descontava na condução o dinheiro das faxinas. E ganhava no final do mês três salários mínimos brutos e a primeira patroa de Jeniffer era a Aurora uma idosa de noventa anos e que fazia um pouco de economia a essa doce mulher e dava doces que ela produzia de presente à faxineira pelo serviço feito. Tinha Aurora um marido convalescente de nome Reginaldo de quase cem anos que vivia a vida fazendo palavras cruzadas e sudokus e tinha o casal uma filha de nome Ângela e um filho chamado Thomas que ambos eram cadeirantes e passavam a maior parte do dia no quarto vendo televisão. E Jeniffer certa vez resolveu ajudar a dona Aurora com os filhos e eles gostaram muito da faxineira e queria ela como cuidadora deles quatro. E ofereceram um bom salário para ela de cinco salários mínimos e aceitou de prontidão. E Jeniffer cuidava de tudo e era muito trabalho uma única pessoa cuidar de tanta gente mais ela aceitou o desafio. E como morava Jeniffer com a mãe ela mudou com as roupas e pertences para a casa da patroa Aurora. E Aurora viveu muito até os cento e vinte e sete graças à boa cuidadora e o esposo dela viveu até os cento e vinte e dois. Já os filhos cadeirantes hoje ainda vivem e depois de mais de três décadas mesmo depois da patroa e do patrão morrido e sobrado somente os filhos a dona Aurora deixou de herança a Jeniffer uma quantia de trezentos mil reais pelos trabalhos prestados e a posse da casa e a guarda dos dois filhos. Neste entender mais esporádico o coração dela passou de alegria à felicidade mais sentiu muito a perda de seus dois patrões. E Aurora foi correta patroa e nunca fora descortês com a empregada que vira ela como uma filha. Hoje Jeniffer tem sessenta e três anos e os filhos de Aurora tem setenta e setenta e quatro ele e ela. A mãe de Jeniffer a Tamisa era devota de Santa Rita de Cássia e rezava todos os dias pela doce e linda filha que era ela. E tinha mais dois irmãos com setenta e oitenta e dois de nome Eugênio e Ronaldo e eram professor e veterinário cada um e eram já casados e avôs. E os netos de Tamisa foram apaixonados pela tia Jeniffer e conversavam com ela pela internet e passavam livros de autoajuda para ela ler e passar o tempo dela para com os dois cadeirantes que ela tratava. E Jeniffer resolveu depois dos setenta virar programadora e fazer um site em que cuidadores de idosos e ou deficientes tratam seus pacientes. E fazia faculdade on-line e demorou quase três anos para se formar e com oitenta e oito anos se tornou a melhor programadora de sua idade na cidade em que vivia. E como era uma mulher casta começou a procurar um par romântico e começou a namorar o Jonatas e tiveram um breve relacionamento e ela resolveu sair do emprego e se aposentar e dedicar o resto da sua velhice à programação. E com cento e vinte e dois anos depois de ganhando vinte e dois mil reais por mês desde os noventa anos Jeniffer não desistiu de trabalhar somente mudou de foco e opção. E com os cadeirantes encaminhados a um novo cuidador ela ficou felizes por eles dois. E Tamisa a boa avó aprovou Jeniffer casar com Jonatas e adotaram uma criança de cinco anos e que criou até os mais de cento e vinte apenas estando com noventa e dois anos depois de contratada pela empresa. E como o percurso de que o amor de que o sucesso de Jeniffer não se diria que aquela lutadora empregada doméstica venceu na vida sendo justa e trabalhadora. E que a bondosa patroa a boa Aurora a acolheu em um vulto de paz e bondade. Sendo o amor de Jeniffer que o esporte dela era amar as pessoas de coração com profundo saber, precisão e concisão.