A VIDA É SAGRADA.DESRESPEITO. DESAMOR .

Não encomendamos nossas chegadas do desconhecido .Aqui chegamos, e nem nos encomendamos, fomos encomendados. Creio que a maioria por um ato de amor, ao menos de sexo puro e simples. Simplesmente surgimos. Um óvulo e um espermatozóide, dois gametas. Disso muitos se aproveitaram, condutores de destinos, de pátrias, nações, gentes. E principalmente do desrespeito total a todos os valores conquistados pelos homens; valores que já são poucos.

Obrigação virou virtude. Honestidade é aplaudida quando não passa de obrigação.

Não entendemos bem isso ainda, em todo o mundo. O quê? Aceitar a desigualação dos iguais nessa chegada difusa, o que impõe-se para a mediana inteligência. E respeitar as diferenças, respeitá-las. Uns dotados outros não, uns deficientes outros não, outros que enriqueceram outros não, alguns aprendendo outros não, muitos sofrendo outros não. Difícil assimilar, entender.

Gigantescamente impossível o grande alcance dessa equação, COMPREENDER.

É a corrente das almas que como rios vão para o mar, e de alguma forma vão se unir.

Onde?

Esse o grande desafio. O mistério da criação, da origem, ainda desafiante e assim restará. Somos anões para explicar a grandeza da criação e QUEM a criou. Certamente não será aqui.

Iguais como pessoas e desiguais em genética. Esta é a sequência natural de sucessões que não deságuam nesse mar de unidade. Unidade de almas.

Grandes ou medianos cérebros, muitos desses desconhecidos e que transitam entre nós, não pensam no que produzem em quaisquer termos para si, mas para a ordem geral que comanda os destinos da humanidade.

Mesmo que seja pouca a contribuição, excedem, extrapolam o usual. São os que mais sofrem por compreenderem.

Lembro de Lya Luft, singela e aguda pensadora quando manifestou em sua obra que “PENSAR É TRANSGREDIR”.

E indicava que nossa vida deve ser permanente reinvenção, e me perguntei quando vi a sinalização, se já não era.

Assim me sinto, pensando e reinventando meus caminhos, “para não morrermos soterrados na poeira da banalidade” como sabiamente pensava; sem regressão.

Talvez por isso dizia Voltaire que 2/3 da população não pensa; creio ter sido otimista.

Se pensarmos buscando nos reinventarmos, não regredimos por não estacionarmos. Como setas atiradas para o futuro com o alvo de sermos melhores.

Com tudo que possamos acumular de temores e frustrações, futilidade deve estar sempre longe de nosso íntimo. Banalidades devem ser alijadas, nos reinventarmos necessita conteúdo.

É indispensável para esse atingimento, estarmos à margem de negar as liberdades humanas, lastreados de egoísmo e prepotência da vontade nessa conduta que não constrói.

Exilar nos escaninhos escuros dos porões do “id” não frequentado do inconsciente os fantasmas tenebrosos que lá habitam com essa baixa linhagem, professando o compêndio das nulidades , é necessário.

Reforçar, reiventando com tenacidade os caminhos sonhados , quando nada temos mais para descobrir senão a decepção e desfiguração , colhidas do homem em sua história vivida.

E projeta-se na vida sagrada de cores que se desfaz de valores, desde a fome da infância desacolhida pelo egoísmo, até todos os direitos coletivos que se enquadram EM MERA FICÇÃO, pela negação de amor a todos que dele carecem pelo simples fato de terem nascido sem pedirem, e sofrerem a dor do desamor universal, NA FALTA de compaixão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/07/2023
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T7840431
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