“9 - O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo.”
“9 - O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo.” Devemos ser gratos.
O homem a quem Deus deu riquezas e bens para desfrutá-los, é dom de Deus.
Ao revés, caminhar proclamando o “não fui”, “não sou” e “não tenho”, mal estar de vida infrutífera, nada resolverá.
Nada mudará o que está posto. Governos, credos, filosofias, costumes. Ninguém vive ou morre de forma diversa da ordem natural. A vida é multidimensional, morrer não é desaparecer de vez, todos estão unidos em uma só força. E todos são consequências de uma só causa. Não há causa sem efeito, nem mudança sem movimento. Nada é inercial, nem o pó.
O ressentimento com a concessão do que nos foi concedido, tropeça na compreensão e sucumbe na ausência de luz, perde a dimensão da vastidão complexa que é a vida mutante.
Forra a alma de escuridão os que falam sobre o que não têm, ou queriam ter, e não receberam, o que por vezes veladamente ressai, e não passa despercebido. A sorte dos deserdados é só deles. Mas o maior bem é a vida; pulsando é igual para todos, viver. Estar vivo. É a única igualdade entre as desigualdades todas.
Não devemos “retirar dos outros” por terem mais que o necessário, se com legitimidade tenham. Cada um tem seu destino. Nunca o necessitado estará sereno com o que os outros tenham, ainda que legitimamente. Um salvacionismo próprio.
Contrariamente uma calamidade resta visível; o saciado como porco continuar fuçando o farelo, nada dividindo do que sobrou.
Esperamos sortilégios, encantamentos, projetamos sonhos, queremos uma sociedade de deuses. E somos pequenos diante da Grandeza de um Deus conhecido pela fé e única possibilidade de conhecimento, mesmo ficcional, até hoje única condição plausível de explicação; FÉ. Não se tem outra possibilidade, e a ciência engatinha desde sua existência para provar a grande arquitetura da natureza e sua origem.
Devemos ao menos aceitar a luz que nos coube no orbe em movimento, entender e dividir, pois onde tudo se transforma, e se transformando muda, e o faz pela mesma Força que tudo nos concedeu; o que somos e temos. Dela nos veio o que nos foi destinado, a Ela devemos apelar, esperançar, pois para ela voltaremos.