ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (65): A Religião como um Mistério que Transcende Definições.
Era uma noite estrelada, em que a brisa suave acariciava meu rosto enquanto eu vagava pelos caminhos da reflexão. Enquanto mergulhava na profundidade dos pensamentos, deparei-me com a essência da religião, um conceito tão vasto e multifacetado que desafia qualquer tentativa de definição precisa.
A religião, como um rio majestoso que percorre as terras da humanidade, carrega consigo a crença em algo além do palpável, uma mente superior que é causa, fim e lei universal. É nessa busca pela conexão com o divino que encontramos a crença, a devoção e a piedade, envolvendo-nos em um universo de possibilidades metafísicas e filosóficas.
Mas, a religião é muito mais do que conceitos abstratos e teorias intelectuais. Ela se manifesta naquilo que vivemos e sentimos, nos princípios que nos guiam e nas ações que realizamos. É a expressão tangível daquilo que nos toca no âmago da alma, revelando-se como uma fonte inesgotável de renovação e transformação.
Nessa jornada espiritual, somos impulsionados a encontrar um propósito maior, a buscar uma conformidade com os princípios do Evangelho que transcendem as palavras impressas nas páginas sagradas. É um chamado para uma tendência reformista, um movimento missionário e redentor que nos convida a olhar para além das aparências e descobrir a essência que pulsa em cada ser humano.
Porém, a religião não é apenas um refúgio para os solitários ou um abrigo para os desamparados. É também o empenho apaixonado por uma causa maior, um movimento que se ergue em defesa de ideias e princípios nobres. É a força que impulsiona comunidades inteiras a se unirem em prol do bem, transcendendo barreiras e diferenças em busca da harmonia e do amor verdadeiro.
Nas páginas do Dicionário Houaiss, encontramos um breve verbete que tenta aprisionar o significado da religião. Mas é além das palavras impressas que reside o verdadeiro mistério, o chamado para uma vivência autêntica e profunda. É na experiência individual e coletiva que encontramos a essência da religião, aquela que transcende definições e revela um poder transformador.
Jesus não fundou uma religião, mas sim um relacionamento com Deus. Ele disse que não precisamos seguir regras para nos aproximarmos de Deus, mas que podemos simplesmente crer nele e amar nossos semelhantes. A religião pode ser uma ferramenta poderosa para o bem, mas também pode ser usada para o mal. Quando a religião é usada para amar e servir os outros, ela se torna algo bom. Jesus queria que as pessoas tivessem um relacionamento com Deus e que se amassem uns aos outros.
Portanto, caro leitor, convido-o a deixar de lado as limitações das palavras e adentrar no vasto universo da religião com mente aberta e coração receptivo. Abraçar a jornada em busca do sagrado, deixando-se guiar pelos princípios que ressoam em sua alma. Pois é na vivência autêntica da religião que encontramos a verdadeira comunhão com algo maior, transcendente.