LEITOR VORAZ.

As minhas leituras estão de vento em poupa, o projeto que elaborei para este ano foi alcançado com louvor. Ele consistia em ler um livro por mês até findar o ano, sendo doze livros, doze autores de diferentes nacionalidades. Para minha surpresa, antes do meio do ano a meta foi batida, reconheço que não foi fácil, porém, consegui vencer a preguiça e ler várias páginas todos os dias, e ainda continuo no ritmo, em menor escala é claro. Eu não tenho dificuldades para me debruçar nas páginas de um livro, desde o colegial que sempre fui dedicado à leitura, considero-os o tipo de amigo silêncio, que nunca critica e sempre tem alguma coisa a ensinar.

O primeiro foi um autor Romeno, cujo título é silogismo da amargura de Emil Cioran. Foi a minha primeira experiência com o autor, confesso que não gostei muito, mas, pretendo ler outras coisas desse autor. O segundo livro foi um espetáculo, maravilhoso, a revolta de atlas da Russa Ayn Rand. O terceiro título foi do Italiano Dino Buzzati, por título, um amor, livro extraordinário, e o segundo livro que leio desse autor. Quarto foi do Português Fernando Pessoa, um dos seus heterônimos, Odes de Ricardo Reis. A poesia de Pessoa é magnífica, de uma generalidade fora da curva.

O quinto livro foi da América Alissa Nutting, Tampa, que livro perturbador, foi difícil de terminá-lo. Em sexto foi de um Africano, Ulpile Chisala, Eu destilo melanina e mel, agradável. O sétimo foi o gênio Alemão Thomas Mann, A montanha mágica. O oitavo foi o colombiano Garcia Marquez, os funerais da mãe grande. O nono livro é do Libanês Kahil Gibran, o pequeno livro da vida, belíssimo. Por décimo o escolhido foi Stefan Zweing, Australiano, cartas de uma desconhecida, amei a escrita desse autor. O décimo primeiro foi do Vietnamita, Ocean Vuong, céu noturno cravado de balas, livro monumental. Para fechar os doze, a leitura escolhida foi do brasileiro Tônio Caetano, terra nos cabelos.

As minhas leituras não se prendem unicamente nos títulos mencionados, a lista continua em vertiginosa crescente, até o presente momento estou no vigésimo segundo livro, porém, não mais obrigatoriamente selecionou autores de nacionalidades diferentes, a escolha é livre. Essa ideia maluca partiu da minha filha de doze anos, ela também está seguindo o cronograma, certinho, estamos no sétimo mês do ano, ela está no sétimo livro. Uma hora dessas passo a lista dela, confesso, bem mais interessante do que a minha. Ler se transformou em uma paixão descontrolada, assim desejo continuar até o final da vida sendo esse leitor voraz, me deliciando nas páginas de romances, contos, poesias, e tudo mais. Estou imensamente feliz por saber que minha filha herdou esse gosto, ela não é diferente dos colegas, gosta de celular, televisão, jogos, no entanto, tomou gosto pela leitura e tem se destacado por isso. Tenho apenas que agradecer por tudo.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 16/07/2023
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