Pessoa, Hollywood e rock
Hoje é sexta-feira e, se tu vai sair e comprar um livro nesse findi, hipermegaultrasuper recomendo o supimpa Fernando Pessoa - uma biografia, de Richard Zenith (Companhia das Letras): livraço, pelo conteúdo; livrão, pelo tamanho - 1.135 páginas. No mesmo nível de excelência de Frida - a biografia, de Hayden Herrera, e de Van Gogh - a vida, de Steven Naifh e White Smith - quem conhece esses livros pode ter uma ideia.
Pessoa é o grande autor de língua portuguesa do século passado e Zenith esmiúça sua vida e obra. Magistral! "Quando o sempre esquivo Fernando Pessoa morreu em Lisboa, no final de 1935, poucos em Portugal perceberam o grande escritor que haviam perdido. Ninguém tinha ideia do que o mundo ganharia: uma das obras mais ricas e estranhas produzidas no século xx. (...) Era raro que convidasse alguém para ir em seu apartamento, onde, segundo rumores, tinha um grande baú de madeira com centenas, talvez milhares, de poemas e textos em prosa inéditos. O baú realmente existia e, cerca de dez anos após a morte de Pessoa, mais de trezentos dos poemas que continha foram reunidos numa bela edição, com volumes separados para Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e o próprio Fernando Pessoa. Como cada um dos três heterônimos ostentava uma grande e requintada obra estilística distinta da poesia de seus colegas de heteronímia ou do próprio Pessoa, pode-se dizer que os quatro maiores poetas de Portugal do século xx foram Fernando Pessoa" - escreve no prefácio. Uau syl! Mais: "descobrimos" através de Zenith que já na infância o poeta criava diversos autores para os textos em prosa e verso dos jornais caseiros que produzia.
Isso e só uma pitadinha do manancial que o livro nos traz, apenas pra atiçar o interesse intelectual e literário de vocês. Podem comprar que não tem erro, garanto.
ONTEM
Na quinta-feira tivemos duas datas marcantes da cultura mundial relacionadas aos Estados Unidos: em primeiro lugar, os 100 anos da inauguração do letreiro HOLLYWOOD em Los Angeles, na Califórnia, meca do cinema mundial; em segundo, e mais badalado nas redes sociais, foi o DIA DO ROCK, talvez o grande ritmo da cultura de massas produzido no século xx. O rock e o cinema americano praticamente se confundem na formação da identidade e hegemonia mundial da indústria cultural estadunidense. Não poderia deixar passar em branco.
Um bom final de semana para todos. Cuidem-se, vacinem-se, viva, leiam e fiquem com Deus.