O açoite do minuano
No final da copa o galho escolhido, o luar prateado corroborava com a fria noite daquele inverno. No solavanco do deslocar das massas ela balançava, com as garras segurava o seu corpo desafiando a lei da gravidade.
Olha esta cena pela vidraça, nessa insônia deixava caminhar por veredas que não levava a lugar nenhum. O clarão do luar, o sereno da madrugada que cai com vento que soprava formava uma curva parabólica de névoa espessa em volta da luz do poste. Nisso bem debaixo da marquise da padaria do seu João dois casais se abraçavam e beijavam. Foi o gatilho para trazer a tona o motim daquela insônia. Sentiu calafrio, fecha o vidro apaga a luz da sala, vai pra cama onde não deveria ter saído, afinal ela é melhor companheira quando está só e faz frio.