ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (51): A Teologia da Sã Consciência.

Embarquei nesta jornada espiritual, um caminho que cada um de nós, irmãos na fé, trilha como um núcleo autônomo na vastidão do divino. Uma teologia da sã consciência, repleta de responsabilidades divinas, ressoa em meu coração, guiando-me numa jornada única. Como mordomos de Deus, somos selados e liberados para participar ativamente da grandiosa Economia Divina, uma doutrina que se estende desde Gênesis até o Apocalipse.

Ao longo deste caminho, uma máxima se impõe: nunca comprar ou vender o que recebemos de graça. As palavras de Cristo ecoam em minha consciência: "... Recebestes de graça, dai de graça!" (Mt 10:8 BSV). A cada um de nós foi confiada a sagrada responsabilidade de compartilhar as Boas Novas da Salvação com o mundo, não para vendê-las, mas para oferecê-las livremente, como presentes divinos.

Uma advertência ressoa em meu ser: aqueles que servem a Deus por dinheiro, acabarão por servir ao Diabo em busca de um salário melhor. A verdadeira dedicação a uma causa consagrada requer um plano divino, desprovido de interesses materiais. Não podemos permitir que a motivação financeira obscureça nossa visão da essência da fé.

Recordo-me vividamente das palavras do apóstolo Paulo aos irmãos de Tessalônica: "Certamente vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadigas, trabalhando de noite e de dia para não sermos pesados a nenhum de vós, pregamos entre vós o Evangelho de Deus" (I Ts 2:9 BSEP). Esta passagem ressoa como um poderoso lembrete de que nossa missão transcende os limites do tempo e do espaço, exigindo de nós uma entrega incansável, mesmo nas horas mais sombrias.

E assim, como alguém que vivenciou essa jornada, trago uma reflexão profunda aos leitores: cada um de nós é um mordomo divino, encarregado de uma tarefa sagrada. O verdadeiro valor de nossa contribuição está na generosidade de nosso espírito e na vontade de compartilhar o amor de Deus, sem buscar recompensas terrenas. Que possamos nos desprender dos apegos materiais e abraçar a grandiosidade da obra divina.

Em um mundo que muitas vezes se perde na voracidade do lucro e da ambição desmedida, nossa mensagem ressoa com força e clareza: o verdadeiro propósito do serviço a Deus é desinteressado e transcendental. Que possamos, cada vez mais, honrar essa teologia da sã consciência, tornando-nos mordomos exemplares, fiéis à sublime missão que nos foi confiada. Que a graça que recebemos se transforme em uma corrente de amor e compartilhamento, para que o mundo possa encontrar a verdadeira redenção em suas sendas. E assim, encerro esta crônica com uma mensagem impactante: a verdadeira redenção reside na capacidade de amar e compartilhar, livre de amarras materiais. Que possamos todos encontrar essa verdade em nossas sendas.