São Silvestre perdoe o Vardo
1° de janeiro. A numerosa família iria almoçar reunida e o assunto era sobre os vencedores (e perdedores) da corrida de São Silvestre realizada um dia antes em São Paulo. E Genivaldo (seu Vardo), pai do anfitrião, já beijava um copo com wiske desde que chegou, isso ali pelas 9, para desconforto de todos, já que o mesmo gostava de desfilar seus conhecimentos e... desafiar.
Lá pelas tantas, quiçá aborrecido com o assunto e preocupado por não lembrar onde tinha deixado seus óculos, seu Vardo perguntou: - Afinal, quem foi esse São Silvestre? Ninguém respondeu. E ávidos dedos entraram em ação no teclado do celular. Pronto. Descobriram que Silvestre nasceu em Roma em 285 e foi papa de 314 até o dia de sua morte em 31 de dezembro de 335. (Ah... 31 de dezembro!). Seu papado foi ofuscado pelo reinado (quanto ado!) do imperador Constantino e que não existia, segundo estudiosos, melhores dados sobre o porquê de sua santificação e nada de milagres. Nem que Silvestre seja nome ou sobrenome. Só Silvestre. Foi o combustível que faltava para Vardo colocar fogo em Roma, Digo, na conversa.
- Nunca fez milagres e é santo? Então é santo meia tigela, meia boca... Quem corre da Justiça, dos credores, do trabalho e atrás de uma bola tem sua proteção? E nessa corrida aos supermercados em busca de picanha, ele vai proteger o rico que vai comprar todo o estoque para não sobrar para o pobre, ou se o pobre vai ser mais rápido e adquirir pelo menos uns três quilos para a semana toda... Em?
Não irei me alongar na redação, mas você deve ter imaginado o constrangimento provocado nas seis idosas e religiosas senhoras que lidavam na cozinha e que tudo ouviram.
Às 13 horas a mesa foi servida e uma oração foi feita agradecendo pelas conquistas e saúde de todos e renovando os votos para o ano que ora se iniciava. Vardo pediu para que todos rezassem a São Longuinho para que seus óculos fossem encontrados.