ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (30): A Supremacia do Sacrifício de Jesus.
A luz do sol esmaecia no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. O ambiente estava imbuído de uma atmosfera serena e contemplativa, enquanto eu me encontrava imerso nas palavras que ecoavam em minha mente. "Essa diferença também faz de Jesus a garantia de um acordo melhor", sussurrei para mim mesmo, tentando compreender a grandiosidade do que estava por vir.
A ideia se entrelaçava nas páginas do Novo Testamento, revelando uma perspectiva única sobre o sacerdócio. Uma diferença profunda emergia, levando-me a contemplar o destino dos outros sacerdotes, que se sucediam em uma dança passageira. A efemeridade de suas vidas os impedia de concluir sua obra, deixando um vácuo na história da fé.
No entanto, entre as páginas sagradas, surge uma figura majestosa e eterna. Jesus, o próprio Filho de Deus, transcende as limitações do tempo e do espaço. Seu sacerdócio, imortal e inabalável, não passa para nenhum outro. Ele é a promessa cumprida, o elo entre o divino e o humano, o único sacrifício que verdadeiramente redime.
As palavras ressoam em meu peito, ecoando como uma melodia divina: "Temos de mostrar que Jesus é o único sacrifício, o único sacerdote, único juiz e rei." O poder dessas palavras me envolve, transportando-me para um passado distante, quando Jesus caminhava entre as multidões, emanando amor e compaixão.
Contudo, algo que me impressiona profundamente é a postura de Jesus diante da Comunidade Universal dos Fiéis. Ele, com toda a sua autoridade e autonomia, não reivindica o dízimo. Não busca enriquecer-se com as oferendas dos fiéis, nem exige contribuições para sustentar Sua causa. Ele é desprovido de interesse material, submetendo-se até mesmo às Suas próprias criaturas.
Essa reflexão me leva a questionar a essência do dízimo e sua relevância no contexto do sacrifício supremo de Jesus. Nenhum ponto da história sagrada da vida de Cristo indica apoio ao dízimo. Pelo contrário, Ele se entregou às dores e provações humanas, enfrentou humilhações e morreu em uma cruz, como um homem materialmente pobre.
Permita-me transmitir uma mensagem que ecoa em meu coração com fervor: o verdadeiro significado do sacrifício de Jesus transcende qualquer prática terrena. É uma jornada de renúncia, amor e redenção. Ele nos ensina a olhar para além das riquezas materiais e direcionar nossa devoção para a busca da justiça, compaixão e paz.
É hora de despir-nos das correntes do materialismo e abraçar a verdade que emana da vida e obra de Jesus. Encontremos nele a inspiração para uma vida de entrega, serviço e amor ao próximo. Somente assim seremos verdadeiros discípulos, testemunhas vivas da grandiosidade do sacrifício que nos liberta.