Livro da vida
É muito gostoso abrir o livro da vida, e ver ela acontecendo em tempo real
Como trocar o pneu do carro em movimento, e se jogar nessa viagem
Poder voltar as páginas, e ver as coisas acontecidas em viagens anteriores
E, a sensação única e incomparável de observar as páginas ainda em branco,
Se oferecendo para montarmos nosso roteiro futuro para o próximo passeio
No modo agora, belezas passam despercebidas se estamos desatentos
Pessoas que tinham tudo para serem infelizes, se isolam dessa condição
A sinfonia musical da natureza que acaricia nossos desafinados ouvidos
Se une ao colírio divino das flores que não conseguimos parar pra apreciar
Tantas coisas que se nos atentarmos temos a nossa disposição de graça
Como por exemplo respirar, caminhar, falar, em resumo, viver a vida
Quantos não podem desfrutar dessas sensações e não reclamam,
Às vezes até agradecem, dada sua elevada grandeza espiritual
Já pensou se fosse com você qual seria a atitude que tomaria,
Frente a qualquer obstáculo que lhe tirasse da sua zona de conforto?
Quanto prazer e emoção voltar as páginas do livro da vida,
E constatar as aventuras que participamos desde a infância
As lições que aprendemos ou não, dependendo do ponto de vista
E tudo que vivenciamos plenamente e que nos foi individualizado
Sim, tivemos alegrias e tristezas, amores e desilusões, guerra e paz
Mas tudo foi ao nosso modo, se tivemos um viver verdadeiro
E não nos abraçamos a superficialidades e mentiras íntimas
As páginas em branco que restam, ainda podemos montar a nosso modo
Aí nosso livre arbítrio é quem vai conduzir o caminho idealizado
Contudo a maior aventura é ver a vida acontecendo em tempo real, online
Isso não deveria ter preço, pois basta aproveitar tudo que se apresenta
Enxergando e parando de desperdiçar as possibilidades
Ou resta então sucumbir as falácias sem conteúdo ou razão de ser
E as doutrinas sem exemplos e as ociosidades sem propósito
Aí num piscar de olhos, pode se arrepender com amargor no coração
Típico dos que plantaram sementes de negatividades na horta terrestre
E colheram reles frutos de solidão, tédio e tristeza no coração