APERTOS COTIDIANOS
Estava no ônibus quando ela subiu e passou com dificuldade pela roleta, pois era abundante no peso. Tinham alguns lugares vazios e ela mirou justamente o que estava vago ao meu lado. Veio em minha direção, me virei um pouco para que pudesse caber e ela sentou, um pouco torta e pegando um pouco da minha perna. Imagino que não tivesse percebido o incômodo causado pelas suas felpudas carnes sentadas sobre o meu joelho, ficando assim por alguns minutos. Eu não conseguia me mexer e nem, tampouco, tive coragem de pedir que se deslocasse um pouco pra me liberar. Assim ficamos até que levantei para descer do ônibus e só naquela hora a mulher se deu conta do nosso caloroso contato, ficando um tanto sem jeito. Trocamos leves sorrisos e fui embora aliviado.