COMUNISMO É IDEAL PERFEITO SE FOSSE FACTÍVEL.

Avançar a sociedade. Sempre foi objetivo do homem. Como? Traçam-se rumos. A sociedade definindo-os.

Constata-se ao fim que desabou a razão lógica.

Vida é multifacetada, plural em suas fases, cíclicas, como a árvore e seus componentes, raiz, caule, flor e fruto; foi antes semente, e pó que germinou da terra, do pó que tudo concentra.

Vida renasce, ressurge a cada novo tempo de variadas formas, materiais e anímicas, nossa vida que pensa e externa seu pensamento, o que pensa, por direito originário, fundamental, natural, QUE PRECISA SER RESPEITADO SE RESPEITA OS DIREITOS DE TERCEIROS, ENFIM DO PRÓXIMO, PELO AMOR QUE ENSINOU JESUS, fincado na liberdade. É esta liberdade que a desrazão quis e quer matar sempre, OBSTINADAMENTE, como ensina a história.

A liberdade agrega responsabilidade. Produz a vida suficiências, conhecimentos e desserviços, mas principalmente caridade e bondade no leito da LIBERDADE. Quem desserve não educa com a educação conquistada liberta, deseduca se recusa a educação liberta e a combate, rejeitando a civilidade disponível, reiterando e definindo parvidade em existir. É um gosto sequencial e aflora pontuando passos do obscurantismo que lança ao redor palavras e gestos. É assim a história. A informação define conhecimento ou não, realidade que não se esconde na mentira e esbanja verdade confirmada no pragmatismo, e a confirma no ritual litúrgico de gnose mínima.

São necessários filtros e a justiça os coloca nos tribunais, fazendo quando faz, justiça sustentada nas leis, chamando os responsáveis às suas barras por condutas, atos e gestos. O fiel da balança pode levar à disfunção na apreensão, e a difunde, perigosamente, deseducando, mas não permite afrontas, injúrias pessoais e desvios de conduta, irresponsabilidades, se operada verdadeiramente a justiça.

É assim, deve ser assim, ou deveria ser assim; DIZER O DIREITO.

Há uma convivência histórica do homem com essa ambivalência, conhecimento e desconhecimento, distinguir, distinguindo as conquistas do homem para a liberdade do pensamento como registra a história e traz o crescimento das ideias saudáveis, que fazem crescer.

O comunismo, “verbi gratia” , teria o Estado como inexistente pela harmonização absoluta das classes e igualdade plena entre os homens, QUE SÃO DESIGUAIS. Portanto meta impossível, pura ficção.

Pela cassação das liberdades tentou justamente a oposição de seu ideal impossível, o aperfeiçoamento da sociedade a ponto de chegar à desnecessidade do Estado, à anarquia que significa "ausência de governo", por desnecessário, residindo aí o sentido de felicidade plena. Uma sociedade de deuses. A igualdade de classes e de todos. Afastada assim a necessidade do Estado normatizador. Tudo comum a todos, e todos iguais mesmo com dons diversos.

A palavra grega anarkhia, estado ideal do bem comum, FICÇÃO DEMOSTRADA PELA HISTÓRIA, é contra a divisão de classes e opressão de uns sobre os outros. Simploriamente é entendida pela compreensão vulgar como política em que a constituição, o direito e as leis deixam de existir. SUPRIME-SE O ESTADO.

E sob essa bandeira cassaram-se as liberdades todas; RESTOU FALIMENTAR A IDEIA. Mas por mero tom personalista de exceções conhecidas é perseguida. Essas inclinações restritivas sucumbiram todas em passado recente, é historiográfico e irrespondível. Restam poluições em algumas cabeças reticentes e desfavorecidas. Só com outras nomenclaturas, ou não.

Mas o que seria esse veículo, internet, diante da literatura, que não entendo como arte, mas como reportagem histórica?

Responde João Ubaldo de sua vasta obra: “Não me encaro como um homem de letras. Tenho enorme tédio por essa tal de literatura”. DIGO O MESMO. Por isso creio ser a comunicação a verdadeira espinha dorsal do ato de escrever, arte é outra coisa.

Ouvi uma indagação, na última terça-feira. Soava o questionamento após explicação minuciosa sobre a gradação da culpa. O erro intencional é punível? Perguntaram. Retruquei exclamativamente com interrogação. Erro intencional? E argumentei com explicação sobre culpas em sentido lato e estrito.

Quem tem intenção não erra, tem vontade dirigida a determinado propósito.

Civilidade implica em não abrir mão do que é unânime, assentado como direito natural, como a liberdade de expressão.. Assediar e minimizar essa fronteira de reserva legal máxima que faz de nós o ser mais importante da criação é apologia por vezes danosa.

Já se fez marcha pela liberação das drogas. Veja-se em qual patamar chegou a conquista da liberdade de expressão. E temos: Apologia do crime é crime; e droga é crime. Embate de normas? Conflito aparente de normas? Qual conflito, o que é mais importante? Disse o Supremo Tribunal Federal ser a liberdade de expressão. E O QUE DIZ HOJE? Liberdade de expressão teria limite? Sim, a ordem pública, assim creio. Droga é crime assim listado na ordem pública. Quem faz apologia da maconha (marchar em favor da droga) comete crime de feitura do tipo penal da apologia do crime? Fica para reflexão.

Quando se coloca algo ou alguém contrariamente ao estabelecido como direito inquestionável, COMO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO, milita-se contra a ordem pública; este é o princípio. É como um político fraudador. Todos somos responsáveis pelo que manifestamos em ações quaisquer sejam. Comumente chama-se de ignorância a conduta que se quer exculpável, mas ela tem limites. Lei não exculpa a ignorância que contraria a ordem pública. Há um contrato social, ainda que violado com frequência. Faz parte da regra ser violada, senão não necessitaria existir, tutelar, proteger bens, liberdades. A inocência acabou quando da agregação do homem em grupo. Surgiu a norma com a disputa. Não fosse assim hoje a corrupção não causaria indignação.

Porque pensamos e sufragamos as reservas legais unanimemente aceitas pela humanidade, devemos a elas, em prol do coletivo, sacrificar nossa ignorância plena e reiterada.

Qualquer falta de liberdade ou sua apologia contrária ao que se conquistou em liberdades individuais é sacrossanto altar da insciência. Só o desconhecimento se ajoelha diante dele. E assim viverão entre sombras. Quase vivendo pelo instinto, longe da comunhão social, do contrato coletivo. Quem contraria as liberdades, as amaldiçoa, não passa de um amaldiçoado.

Independência não segrega vontade legítima, não amordaça a dicção, não recusa o implemento do devido processo legal. Nem muito menos coloca de joelhos o legislativo e o judiciário, ou estes desdizendo o que deviam assegurar, o primeiro o que legislou, o segundo a interpretação real e fiel ao que se legislou.

Venezuela, por exemplo, uma assimilação cega quanto ao que seja a saga de Bolívar na verdadeira conceituação político-histórica. Lutou pela liberdade, não por sua supressão. O velho analfabetismo político/histórico, mais de interesse pessoal que de desconhecimento real, diz o contrário.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 07/07/2023
Reeditado em 08/07/2023
Código do texto: T7831698
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