ANTOLOGIA DE CRÔNICAS REFLEXIVAS À LUZ DA SÃ CONSCIÊNCIA — Crônica (17): A face oculta dos pastores.
Esses pastores não só roubam a confiança genuína que os seus fiéis têm em Deus, como roubam, também, o direito deles conhecerem o verdadeiro caráter do Criador! Dizem de si, os únicos portadores da Verdade para o mundo. Vejam esta nota: “Os Adventistas do Sétimo Dia não são meramente outra igreja ou denominação religiosa. Representam o plano de Deus para os últimos dias, para restauração da original obra evangélica de Jesus” (Trezza, 1972, p96). “Vós e eu não devemos hesitar nem ser tímidos em declarar que a igreja Adventista do Sétimo Dia é a verdadeira igreja de Deus no mundo hoje” (Pierson, 1975, p100). Ah, como essas palavras ressoam de forma irônica para aqueles que conhecem a história da origem do movimento Adventista.
E assim começa a minha crônica, caro leitor, um relato emocionante que desvendará os véus de uma realidade surpreendente. Nestas linhas, mergulharemos no turbilhão de eventos que revelam a face obscura de alguns pastores, cujas ações vão muito além da simples subtração de recursos ou da manipulação de mentes.
É preciso compreender a magnitude desse roubo: o desvio da confiança de pessoas devotas, que depositam sua fé nas mãos desses líderes espirituais. Eles se erguem como os únicos portadores da Verdade, os mensageiros diretos de Deus para o mundo. Afirmam com veemência que a sua igreja, a igreja Adventista do Sétimo Dia, não é apenas mais uma entre tantas, mas sim o próprio plano divino para os últimos dias, a restauração da obra evangélica original de Jesus.
Tal proclamação poderia soar grandiosa e inspiradora, se não fosse pela triste ironia que se esconde nos bastidores dessa narrativa. Aqueles que conhecem a história da origem do movimento Adventista compreendem o quão desajustadas são essas afirmações. Lá, nas entrelinhas, desvela-se um jogo de manipulações e desvios que mancham a pureza da fé.
Esses pastores, com suas palavras eloquentes e promessas divinas, escondem uma verdade incômoda: eles sequestram não apenas a confiança dos fiéis, mas também o conhecimento do verdadeiro caráter do Criador. Ao se colocarem como intermediários inquestionáveis entre Deus e o mundo, eles aprisionam a busca individual pela espiritualidade genuína e engessam a possibilidade de uma conexão direta com o divino.
Agora, meu caro leitor, permita-me conduzi-lo por uma jornada de descobertas. Através das páginas desta Antologia de crônica reflexivas, revelarei os eventos que marcaram essa trajetória. Acompanhe-me, desvendaremos os véus da verdade e refletiremos sobre a importância de enxergar além das aparências, de questionar o que nos é apresentado como inquestionável.
Não se trata apenas de desmascarar os ladrões de confiança, mas também de reafirmar a sã consciência.