Morador de rua à mercê do calor das estrelas e do seu Cão
Na madrugada o silêncio profundo do frio é tão intenso que fere os tímpanos. Alguns moradores de rua, habituados a não correrem atrás das ilusões que florescem na sociedade, quedam-se abaixo das marquises, envoltos em farrapos e desfrutam do calor dos fiéis parceiros, seus "Cães de rua"", que jamais os abandonarão. Gemidos e tosses quebram o crudelíssimo silêncio. Cena que repete-se de Norte a Sul, de Leste a Oeste, em "nosso" Brasil.
Na ordem natural, somos nós o principal motivo para esse "estado de coisas"