A escuta
Os antigos certamente já diziam que falar pelos cotovelos diz respeito a uma pessoa muito faladora e que nunca está calada. Fala muito! Logo, se fala demais não costuma escutar nada. Mesmo porque nem todos conseguem essa proeza de falar bem e escutar bem ao mesmo instante. No entanto é da natureza humana querer falar, sentir que está sendo compreendida(o) e, principalmente, ter alguém que possa te escutar de forma genuína sem a pretensão de ganhar alguma coisa em troca. Isso é fato! Só o fato de ter alguém que sabe sobre você e entende suas angústias e seus anseios já podemos dizer que é um fato acolhedor, sim, acolhedor e raro hoje em dia onde poucos tem tempo e disponibilidade para escutar. Muito embora temos a tendência de se comunicar o tempo inteiro, mas poucas pessoas sabem, de fato, escutar. Ou quando as vezes não fala nada e nem escuta nada. Aqui não é o fato de surdez ou ser mudo . Isso porque nem sempre é uma tarefa fácil; vai muito além de parar de falar e receber as palavras que estão sendo ditas pela outra pessoa. Veja bem, parar de falar e escutar bem o que a outra pessoa está falando. A disposição para escutar, dentre outras, é um dos componentes fundamentais de uma verdadeira relação, de um relacionamento saudável, bonito e cheio de vida. Escutar é levar em conta o outro; é renunciar a impor sobre o outro os nossos julgamentos e abrir-se a acolhê-lo a partir do interior do seu próprio caminho. É reconhecer-se dentro de um âmbito de confiança, liberdade e de cuidado. Portanto, vale aquela máxima que diz: há um tempo pra falar e há um tempo pra escutar.