CLASSE SUB-80

Fica mai fáci expricá a idade usano a crassificassão do futebó, sub-80 é aqueles que já tão quaje chegano lá, nus oitenta...

Claro que não chega a tanto, mas faz vergonha lermos os artigos que são publicados pelos formandos das universidades brasileiras que estão classificadas como pontas de linha, excepcionais, entre as melhores e mais produtivas na formação de profissionais para o mercado de trabalho, principalmente quando se tratam de artigos dos chamados cursos de Humanas (Direito (prova da OAB que o diga), Administração, Sociologia, Línguas, etc.)

Felizmente a idade avançada não me tirou a curiosidade científica, aquela mais notável entre meus colegas da Biologia, que são capazes de interromper coisas importantes que estejam fazendo para observar o comportamento de qualquer animal diferente da nossa Espécie, porque observar comportamento humano é assunto para as matérias análogas à Antropologia, ou às fofoqueiras do bairro.

O respeito pela nossa língua oficial, a Portuguesa, parece que foi deixado de lado, ou por conveniência ou por falta de conhecimento daqueles que, obrigatoriamente terão que zelar por ela, os professores orientadores titulares, coorientadores ou os revisores dos trabalhos de conclusão de curso, os temidos TCC, por aqueles que preferiram encarar o curso como uma distração, sem compromisso com o título que irão receber, por força de conveniência da instituição que quanto mais diplomas expedidos, melhor a verba oriunda do ministério.

Não domino a língua inglesa, portanto não posso comentar o que escreveram no Abstract, obrigatório segundo as normas da ABNT.

Lamentável também são as irrelevâncias e inutilidades dos temas abordados que, talvez para justificar a ideologia de uma pequena parcela seja influente, mas isso não justifica o valor gasto pela sociedade para a formação do profissional.

Claro que a ética não me permite nomear os artigos que tenho lido nem os nomes dos autores que tiveram a “coragem” para fazê-los e a “audácia” das instituições em publicá-los.

Deve ser por isso que não temos, nem jamais teremos, Prêmio Nobel de qualquer coisa...