Rock'n Roll, ontem, hoje, e sempre...
A música de uma maneira geral expressa nossos sentimentos. Muitas vezes ela substitui as palavras que não conseguimos dizer num determinado momento. Não sei de quem é a seguinte frase - “a música é a união de todas as artes”, mas eu acredito nela.
Nasci no final da década de 50, nesta época surgia um estilo musical que invadiria o mundo- O Rock'n Roll, ou simplesmente Rock, uma mistura de vários estilos musicais que teve sua origem nos EUA. Surgindo assim uma música vibrante e eloquente. Na minha adolescência, sem entender uma palavra em inglês posso dizer que “curti” grandes estrelas deste universo e suas bandas – como, Elvis Presley, The Beatles, Nirvana. Led Zepelim, Black Sabat e tantos outros.
Claro que não entendia as letras, mas o som da guitarra e os outros instrumentos das bandas penetravam em meu corpo, fazendo-o vibrar como os acordes das guitarras. Me matriculei em escolas de inglês, mas nunca levei adiante – o que me arrependo. Me arrependo também de não ter assistido a nenhum grande show de rock ao vivo, onde, liderados pelos vocalistas destas bandas, as multidões iam ao delírio.
Quem foi ao Rock'n Rio (assistiu uma pluralidade de roqueiros, nacionais e internacionais), ou quem teve a oportunidade de assistir (ao vivo) shows personalizados, como Queen, The Roling Stones, Guns N’ Rose, Titãs, e tantos outros – guardaram em suas memórias emoções ímpares, com momentos históricos que só o coração de quem esteve naquelas plateias, com milhares de fãs reunidos e cantando em só coro pode expressar o que sentiu. Devem ter sido momentos fantásticos e inebriantes, e só eles, podem relatar os detalhes emocionantes daqueles eventos.
O rock, para alguns, tornou-se um estilo de vida, seja o romântico, seja o rock de protesto. Mudou atitudes. Mudou comportamentos. Muitas vezes demonstrado no vestuário, nos cortes de cabelo – enfim foi uma “revolução”. Com sons e letras extremamente vibrantes, eles tocam direto no coração dos jovens, e de outros, não tão jovens assim, por isso ficaram registrados para sempre.
Hoje, através dos arquivos digitais podemos assistir ou rememorar todos eles, até mesmo os que não estão mais aqui na terra, na voz de seus vocalistas, nas suas letras, melhor dizendo, nos seus acordes cheios de poesias, que ficaram gravados para todo o planeta, como fontes de momentos de uma comunhão entre os artistas e suas plateias. Uma sintonia vibrante – repleta de expressão de amor e muita alegria numa só voz – um canto uníssono entre milhares de fãs e os seus artistas... Só de imaginar fico arrepiado...
Suas sementes, deram árvores, que por sua vez, deram frutos, como o rock nacional, que podemos citar como um dos pioneiros aqui no Brasil – Raul Seixas. E vieram também: Rita Lee, Capital Inicial, Kid Abelha, RPM, Paralamas do Sucesso e tantos outros.
O Rock de ontem, originou o de hoje e não vai parar, surgirão outros pelo mundo afora, dando continuidade ao legado destes artistas que nos brindaram com suas músicas, representado um estado de espírito e das turbulências individuais e coletivas da humanidade.
Como diz a letra da música Metamorfose Ambulante de Raul Seixas “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Assim é o Rock: uma metamorfose de sons e sentimentos, suas letras falam de amor, de desamor, ora de protesto, ora de pura paz, ou apenas de poesia como nossa vida.
Finalizo este texto com a frase do Queem, na sua canção The Champion – “Nós somos campeões, meus amigos, e nós continuaremos lutando até o fim” acrescento... no universo do rock outros campeões surgirão ... e a vida continua ao som de outras guitarras e de novos vocalistas... Lembrando que no dia 13 de julho é o dia do Rock...vamos comemorar imaginando que estamos tocando uma guitarra e cantando uma linda canção, cuja letra pede um mundo melhor e de muita paz, como fez John Lennon com sua canção: “ Imagine”...