INFERNOS PURGATORIAIS - Você acredita na existência deles?

Assunto: Infernos Purgatoriais

Infernos... Você acredita na existência deles? O que seriam na realidade? O mundo, em si, com tanta violência e mortes, seria o prelúdio deles no plano além-túmulo? Hoje, nos tempos da tecnologia de ponta, seriam realidade ou fake news? Haveria aqui alguma ligação com a consciência pesada? Ou poderia não ser um lugar físico de sofrimento eterno, mas sim, como um estado de consciência em que os espíritos se encontram quando estão afastados da Luz Divina devido às suas próprias escolhas e comportamentos negativos?

Sabe-se que os espíritos estão em constante evolução e têm a oportunidade de se aprimorar através de diversas encarnações. O inferno, nesse contexto, pode ser visto como um estágio temporário em que os espíritos enfrentam as consequências de suas ações negativas e têm a chance de refletir sobre seus erros, arrepender-se e buscar a redenção de si mesmos. O sofrimento moral é devido ao remorso, à culpa e à consciência de suas más ações, são sintomas específicos desses espíritos sobrecarregados de pensamentos, palavras e ações negativas.

Diante das perguntas introdutórias e, segundo o pensamento do Dr. Inácio Ferreira em seu livro “Na Próxima Dimensão”, através da mediunidade de Carlos Baccelli, “Vocês os encarnados, com todas as limitações que lhe são impostas, pela vida na matéria, porventura, consentiriam que o “Vale dos Leprosos” fosse uma realidade no mundo de hoje?”. Qual seria sua reação em saber que em pleno século XXI haveria lugares como esses? Independente desses lugares existirem ou não, outras doenças mais graves já mataram milhares e milhares de pessoas. Com certeza haveria uma mobilização de almas caridosas que não deixariam com que milhares de almas ficassem ao léu das próprias provações.

Agora, do que pensar também, sendo uma realidade, de uma grande maioria estarem com a lepra da ansiedade que vem arruinando milhares de lares em todo mundo? Ou também, a falta de preparo espiritual tornando verdadeiro câncer social, familiar, pessoal que, indiferente ao Bem maior, se encontram arrostando apenas o fel nas ingestões insalubres no comportamento de todos nós? Teriam um remédio para esse mal do novo milênio? Assunto pesado? Sim, mas devemos organizar equipes salvadoras para que, de certa forma, diminuam o avanço desses males. Mas como agilizar tal processo de regeneração? Em primeiro lugar a espiritualização das famílias como num todo; segundo, procurar interagir na vivência e convivência do Evangelho do Senhor através da prática incondicional da Caridade tão distante de corações ainda empedrados pelos miasmas alucinógenos das vicissitudes tão procuradas e alimentadas a contento.

Podemos afirmar com convicção, que uma parte do inferno, estamos vivendo ainda que enclausurados na matéria mais densa. O conceito de inferno e consciência pesada estão ligados no sentido de que ambos, estão relacionados ao sofrimento e ao remorso por ações negativas que, atualmente, temos o conhecimento de estarmos alimentando e praticando a bel prazer.

A consciência pesada é um estado psicológico em que uma pessoa sente culpa, remorso ou arrependimento profundo, por ter feito algo errado ou prejudicial a si mesma ou aos outros. É uma sensação de peso moral que pode acompanhar alguém após ter agido de maneira contrária aos seus princípios ou causado danos a outras pessoas. A consciência pesada é frequentemente acompanhada de emoções negativas, como tristeza, vergonha e angústia. E, segundo esse meu raciocínio Dr. Inácio relata: “As entidades sofredoras – não importa o equívoco que tenham cometido – desde que se arrependam e predisponham a repará-lo, recebem além da morte, a necessária e imprescindível assistência”. Notícia desagradável para aqueles que creditam sua fé nos sofrimentos eternos. Sempre pensam nos outros, mas será que pensam que eles também poderão fazer parte, ou estão já fazendo parte, dessa multidão de sofredores?

É de se convir que no contexto do inferno, a consciência pesada pode ser vista como uma das causas do sofrimento experimentado pelos espíritos que se encontram nesse estado. Quando os espíritos estão afastados da Luz Divina devido às suas más ações e escolhas, podem sentir um profundo remorso e culpa por terem se distanciado da harmonia do próprio universo em que convivem com as suas aspirações de medo e de dúvida, de desequilíbrio emocional ou de baixa alta-estima. Essa consciência pesada contribui para seu sofrimento moral e para a sensação de estar separado de Deus e da espiritualidade superior. Daí muitos pensarem de que Deus afastou deles e não eles afastaram da Fonte geradora do Bem e do Amor genuínos.

O mal se agiganta porque o homem o alimenta. Digo em todos os sentimentos. Desde um pensamento obscuro a alguém, até mesmo holocaustos bárbaros contra a vida de milhares de almas, não deixam de ser portas escancaradas para que o mal atinja, com mais eficácia, homens que se prendem, a consciência, a ele, por sintonia e afinidade. Se ainda somos enfermos do espírito, boa coisa ainda poderemos praticar, não é mesmo? Ainda não estamos imune às investidas de irmãos encarnados e desencarnados que querem nossa derrota, nosso infortúnio, nossa descida precipício abaixo. Pensamento negativo nesse sentido? De forma alguma. O mundo está aí que não me deixará mentir. O problema aqui é não aceitar a realidade fora das quatro paredes de nosso lar.

Diga-se de passagem que “A fome, a guerra, as epidemias, as desigualdades, a ignorância e as suas consequências originam-se do descaso do homem”. Disse bem Dr. Inácio. Infelizmente é um quadro em que todos não querem se situar, mas também nada fazem para que o mal, em si, desapareça de vez desse mundo que também pode se transformar em um mundo de regeneração como muitos assim o desejam, mas terá, a humanidade que se sujeitar a tirar o olhar vicioso do próprio umbigo e participar com maior galhardia à melhoria do próprio hausto divino que respira. Enquanto o homem não se preocupar no Bem prático, saindo das cadeiras de estúdios, de palanques ou de altares, arregaçarem as mangas no trabalho fraterno, o homem tal qual deseja, será do jeito em que a sua psicosfera assim se encontrar: pesada, magnetizada de maus fluidos indigestos, originando doenças de variados escopos de terminologias.

E para reflexão: “No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”. Dante Alighieri. Comigo, meu Caro Leitor Amigo?

Aécio Emmanuel
Enviado por Aécio Emmanuel em 02/07/2023
Reeditado em 02/07/2023
Código do texto: T7827430
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