Milagres

Comentários Livro: Libertação - André Luiz - Chico Xavier - Cap. XX

Senhoras e Senhores,

Milagres... Até que ponto você acredita neles? Não seria uma derrogação da Criação Di-vina? Muitos acreditam nos mistérios de Deus que, de forma alguma, poderemos adentrar e, a posteriori, explicar tais fenômenos como naturais. Muito irão se perguntar: Mas, se são natu-rais, como se não vemos tais fenômenos todos os dias? É simples questão de lógica e bom-senso.

No site Portal do Espírito tem uma lista de 38 ditos “Milagres” feitos por Jesus. Muitos deles são conhecidos por todos nós, mas a dinâmica com que foram realizados, são ignorados ou fogem de uma explicação mais plausível por muita gente, até mesmo estudiosos do ramos que, segundo pontos de vista variados, deturpam a realidade dos fatos.

Poderia citá-los um a um para um melhor entendimento desses fenômenos, contudo, o espaço aqui sendo reduzido para tal desiderato, ficaremos apenas com o primeiro que é a mul-tiplicação dos pães e dos peixes. Muitos, nesse caso, até acreditam que Jesus simplesmente fizesse com que aquela população que o seguia, se saciasse através da irradiação de Suas ener-gias magnéticas, sem que a multiplicação desse o efeito desejado naquele momento. Jesus po-deria ter feito isso? Sim, mas a importância da necessidade de fome daquela multidão, tinha que haver algo material para que cressem Nele, com maior diapasão. Agora uma pergunta que incomoda minha ignorância. Como essa populaça comia esses peixes com pão? Não apareceri-am já cozidos, não é mesmo?

Para muitos estudiosos desse assunto, sabe-se que essa multiplicação tinha que ter uma forte impressão ante aquela gente que seguia Jesus. E tendo Ele, poder suficiente para coman-dar os fluidos indispensáveis para a produção em massa de pães e de peixes, não teve proble-ma algum nessa execução. Sabe-se também que estamos envoltos por uma energia, até então, invisível aos nossos olhos, mas elas existem e estão prontas por quem detiver da mesma facili-dade de manuseá-la como fizera Jesus. Ele não infringiu nenhuma lei, apenas transformou-a com que ela se materializasse na forma de pães e de peixes até certo ponto que fosse visíveis e conhecidos por todos. Aqui nada há de sobrenatural, de mistério, de milagres inconcebíveis. Nada mais, nada menos.

E entrando no assunto propriamente dito do livro “Libertação”, escrito pelo espírito An-dré Luiz pela mediunidade de Chico Xavier, a equipe de Gúbio encaminhava muitos enfermos do espírito à um local com serventia para eles. E, se dirigindo a André Luiz: “Espero, contudo, que não aguardem milagres na esfera próxima. O trabalho de reajustamento próprio é artigo de lei irrevogável, em todos os ângulos do Universo”. Não terá como melhoria interior, sem a cooperação daquele que deseje a autoajuda. Como ninguém poderá carregar a cruz de outra pessoa, ninguém se elevará à sombra daqueles que já conquistaram, por merecimento, as Altas Esferas da razão e do sentimento. Fica a dica.

E continuando com as suas verdades: “Ninguém suplique protecionismo a que não fez jus, nem flores de mel às sementes amargas que semeou em outro tempo”. Como sempre falo em meus comentários, o Pai Criador jamais passará a mão na cabeça daquele filho que procu-rou violar às Suas leis. É certo afirmar, que muitos procuram – se dar bem – com a ajuda indé-bita de alguém, principalmente se esse alguém exerce certa autoridade em um determinado setor de trabalho. É o caso que está acontecendo no Brasil. São muitos querendo mamar de graça, às custas do dinheiro público. Um dia a casa cai. É da Lei que isso se suceda.

“Somos livros vivos de quanto pensamos e praticamos e os olhos cristalinos da Justiça Divina nos leem, em toda parte”. Disse muito bem Gúbio. É óbvio que isso aconteça. Poderemos até conseguir ocultar as vicissitudes de humano para humano, mas de Deus, é impossível. Ele atuará justamente na consciência dos Seus filhos e esses, por vontade exclusiva, procurará o reajuste indispensável para a sua correção, procurando, aniquilar dos refolhos do seu espírito, toda sujidade que impede a subida gloriosa à presença do Pai Criador.

As Leis de Deus são tão perfeitas que Ele nos deu o livre-arbítrio para escolhermos de qual lado escolheremos ficar. O ser humano em todo tempo, teve canais de aprendizado práti-cos onde a Lei de Causa e Efeito, também conhecida como Lei de Ação e Reação agem ininter-ruptas. Essa lei sugere que todas as ações e escolhas humanas têm consequências, e que cada indivíduo colherá aquilo que semeou. Assim, a Justiça Divina se manifesta através do equilíbrio e da correção dessas ações, seja nesta vida ou em futuras existências. Essa ideia enfatiza a res-ponsabilidade pessoal de cada indivíduo por suas ações. Somos os únicos responsáveis pelas escolhas que fazemos e que, eventualmente, enfrentaremos as consequências dessas escolhas. Isso promove a noção de autotransformação e desenvolvimento moral como caminho para a evolução espiritual de cada um de nós, hoje, caracterizados como réprobos da Criação. Mas, como tudo tem jeito, o ser humano não foge à essa regra.

É muito claro o entendimento desse amigo espiritual acima: “Ninguém trai os princípios estabelecidos. Possuímos agora o que ajuntamos no dia de ontem e possuiremos amanhã o que estamos buscando no dia de hoje”. Nada mais que justo. Vale ressaltar aqui que os Mandamen-tos do Criador ainda se encontram validados. Agora, não segui-los...

Aceitando ou não, a reencarnação é como a um processo pelo qual os espíritos têm opor-tunidades contínuas de aprendizado e aprimoramento. A Justiça Divina mais uma vez, nesse sentido, proporciona a cada um, a oportunidade de resgatar erros passados, reparar danos e evoluir moralmente. A reencarnação é uma expressão das Leis Máximas, permitindo que cada indivíduo progrida espiritualmente ao longo de múltiplas vidas. É fato.

“A felicidade, paz e alegria não se improvisam. Representam conquistas da alma no serviço incessante de renovar-se para a execução dos Desígnios Divinos”. É compreensível da nossa parte reconhecer que ainda não estamos preparados moral, espiritual, pessoal e princi-palmente da parte religiosa que nos toca, quanto aos deveres que temos como fieis servidores do Criador. A fidelidade quanto à nossa cristandade está bem aquém do que a Espiritualidade espera de nós. Chances temos para reverter esse caso? Sim. E muitas. Só dependerá de nós mesmos exclusivo e legitimamente falando.

Embora encontramos pelo caminho injustiças aparentes nesta vida, a Vontade de Deus age em níveis mais amplos e profundos que sequer imaginamos, visando ao bem maior de to-dos os seres. Essa perspectiva ajuda a encontrar um sentido e propósito mais verdadeiro nas dificuldades e desafios enfrentados, confiando que o Bem Maior prevalecerá no final.

Um exemplo clássico que sempre tenho comigo sobre o verdadeiro milagre. Se um corpo esquartejado vier a se juntar e renascendo dele, o espírito que o habitava. Esse é o milagre, que, a olhos vistos, jamais acontecerá. Muitos falam que o episódio de Lázaro fora um milagre consumado. Será mesmo? Pois bem. No caso de Lázaro, não tinha ele ainda desligado do seu corpo físico estando ele cataléptico. Aí aparecerão alguns a dizer. “Mas já estava fedendo os seus despojos”. Mas ninguém falou que aquela sepultura da época, poderia estar outro corpo ou corpos. Já não seria o caso se ele fosse enterrado na sepultura de Nicodemos, não é mesmo? A história teria outros rumos. Outros sentidos e outras polêmicas. Comigo, meu caro Leitor Amigo?

Aécio Emmanuel César

Aécio Emmanuel
Enviado por Aécio Emmanuel em 29/06/2023
Reeditado em 29/06/2023
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