São Pedro fechou

O céu era de um azul de Maria. Delicado, lindo! Mas a festa - tradicional do Coro Tempos Dourados – com direito a um menu caprichado, delicioso, feito pelo Chef Carlos, marido da maestrina Regina, regada a muito quentão, doces típicos: cocadas, paçoca, abóbora, bolos de fubá, canjica, e outros quitutes , que cada coralista trouxe, ambiente ricamente decorado pelas dedicadas meninas, com flores coloridas de crepom, chapéus de todos os tipos, bandeiras, balões, colchas de crochê , mastro do Santo, quadrilha, casamento à moda da roça - era de São Pedro. Caprichei no visual , normalmente, não uso nada de maquiagem no rosto, mas, valia a pena caprichar, afinal, o momento pedia. Já viu uma capira sem batom vermelho e pintinhas no rosto? Éramos mais de 40 mulheres, todas da melhor idade, festeiras, animadas, comprometidas com a felicidade... já disseram que a chave da felicidade está nos relacionamentos que escolhemos e cultivamos. Escolhi o grupo certo. É duro competir com as meninas. São todas maravilhosas, de bem com a vida. Qualquer pé de galinha dá uma boa canja. E haja fotógrafos. Cada lance, um flash. Tudo é registrado. Todas querem sair na foto. Foram realmente momentos mágicos, de muita alegria, curtição. Valeu a maquiagem. Mas, eu e minha amiga Berenice , nem imaginávamos o que a sorte, ou São Pedro, isso é coisa dele, havia nos preparado para o final. Ao sairmos do Clube, fomos abordadas , primeiro por um jovem casal , que fez questão de nos parabenizar por nossa alegria e trajes; logo em seguida, por dois jovens bonitões que passavam pela rua: fizeram elogios, brincaram, cantaram - olha a cobra.... é mentira ... A festa realmente valeu a pena, mas, o final, ah, o final, São Pedro fechou-a com chave de ouro.