Era uma vez uma pequena cidade às margens de um rio calmo, cujos habitantes viviam em harmonia. Entre eles, havia uma jovem chamada Alice. Ela era uma moça sensível e sempre se preocupava em não causar nenhum tipo de conflito ou dor ao próximo. Por isso, vivia constantemente presa aos sentimentos não expressos, temendo ferir ou magoar os outros.

 

Alice era uma amante da literatura e um dia, em uma das suas caminhadas solitárias, encontrou um velho livro empoeirado em um sebo. O livro, intitulado "Além da Mente Consciente", chamou sua atenção. Era um livro de psicologia em estilo narrativo, escrito por um famoso psicanalista chamado Dr. Freud.

 

Curiosa, Alice comprou o livro e passou a devorar cada uma das páginas. Dr. Freud dissertava sobre a natureza do ser humano, sobre a existência do inconsciente e a importância de analisar os sentimentos reprimidos para alcançar a tão almejada saúde mental.

 

Aquilo mexeu profundamente com Alice. Ela se viu em cada página de Dr. Freud, compreendendo que existia uma parte escondida dentro dela, cheia de desejos e sentimentos não expressos. Sentimentos que, se reprimidos por muito tempo, poderiam gerar não só desequilíbrios internos, mas também conflitos e dores nas relações pessoais.

 

A jovem sentiu que precisava mudar sua forma de lidar com os sentimentos. Ela percebeu que, se quisesse expressar-se verdadeiramente, teria que arcar com o risco de gerar conflitos ou dor no outro. No entanto, ela compreendeu que a verdadeira paz interior só seria alcançada quando pudesse ser autêntica consigo mesma e com o mundo ao seu redor.

 

Alice decidiu começar a praticar a psicanálise consigo mesma, a partir das reflexões que encontrou nas páginas do livro. Ela mergulhou fundo em suas emoções reprimidas, enfrentando seus medos e culpas. Tomou consciência de que não podia controlar as reações dos outros, mas podia cuidar de suas próprias reações diante deles.

 

Dia após dia, Alice ia se transformando. Ela tornou-se mais segura de si mesma e percebeu que a verdadeira compreensão e aceitação de si mesma possibilitavam uma comunicação mais autêntica com os outros.

 

Todavia, nem tudo foram flores. Alice enfrentou momentos de tensão e desconforto ao expressar seus sentimentos mais profundos. Muitas vezes as palavras que saíam de sua boca provocavam surpresa ou desconforto nas pessoas ao seu redor. Mas ela sabia que era uma consequência natural de seu crescimento emocional.

 

Ao aprender a expressar seus sentimentos livremente, Alice se tornou uma pessoa mais autêntica e plena. Embora ainda houvesse desafios a enfrentar, ela estava consciente de que o respeito por si mesma e pelo outro se tornaram os pilares de suas relações.

 

E assim, a pequena cidade às margens do rio calmo se transformou com a mudança de Alice. À medida que ela aceitava seus próprios sentimentos e se tornava mais assertiva em sua comunicação, outros habitantes também começaram a se aprofundar em seus próprios conflitos internos.

 

A cidade agora era um lugar onde as pessoas podiam expressar-se sem medo de gerar conflitos ou dor uns nos outros. Todos entenderam que a autenticidade e o autoconhecimento são as bases para a construção de relações verdadeiras e saudáveis.

 

E Alice, com seu jeito acolhedor e sua força interior, se tornou um exemplo vivo do poder da psicologia freudiana e das transformações que ela pode proporcionar nas vidas das pessoas.

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 25/06/2023
Reeditado em 25/06/2023
Código do texto: T7821829
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