Não é porque sou mulher que preciso concordar ou defender cada ato de outra mulher. Cada indivíduo, independentemente do gênero, tem sua própria personalidade, crenças e valores. Ser mulher não nos torna uma entidade uniforme, onde todas pensam e agem da mesma forma.

Assim como qualquer ser humano, mulheres podem cometer erros, agir de forma equivocada ou até mesmo prejudicial para outras pessoas. É importante entender que ser mulher não nos exime de responsabilidade pelos nossos atos. Não é porque compartilhamos o mesmo gênero que devemos nos proteger mutuamente cegamente.

A luta pela igualdade de gênero é uma batalha justa e necessária, mas isso não significa que todas as mulheres sempre estarão certas em suas ações. Cada indivíduo deve ser avaliado e julgado por suas atitudes, independentemente de seu gênero.

É importante analisar de forma crítica e imparcial as ações de qualquer pessoa, inclusive mulheres. Quando vemos alguém – seja homem ou mulher – fazendo algo errado, temos o direito e o dever de expressar nossa discordância e tentar corrigir essas condutas.

A sororidade, o apoio entre mulheres, não deve ser confundida com a obrigação de concordar cegamente com tudo o que outra mulher faz ou diz. A sororidade significa apoiar e defender as lutas e conquistas das mulheres, mas também significa ser capaz de questionar e debater, buscando sempre o melhor para todas.

Portanto, não é porque sou mulher que devo defender todos os atos de outra mulher. Somos seres humanos com diferentes pensamentos, ideias e atitudes. Cada uma de nós possui sua própria voz e, por isso, é importante exercer nosso juízo crítico e tomar posição diante das ações, sejam elas realizada por homens ou mulheres. Afinal, a busca pela igualdade também envolve o direito de termos opiniões e escolhas individuais.