Danse Macabre
"Não tenho medo da morte,
tenho medo do tempo”. Interestelar (filme).
Minha visão sobre a vida é bem simples, nascemos para morrer. E não tenho medo da morte. Considero uma dádiva viver, agora, também considero uma dádiva morrer. Nesse momento, nos tornamos único, ninguém irá na nossa vez.
Acredito em energias. Apenas! Não há inferno e nem céu. Deus nem diabo. Mas há quem acredita que sim, e não quero convencê-lo do contrário. Mas se existe, como comprovar isso? Deus existe? De qualquer forma, eu não sei. Aliás, “só sei que nada sei”.
Mas enfim, acredito que não iremos reencarnar. Isso é imaginação da nossa cabeça. Todos querem ter uma segunda chance, mas não há. Somos matérias. E como tal, depois de estar embaixo da terra, só há um destino, apodrecer.
Falar sobre a morte e o morrer torna-se pesaroso, já que é um tema tão dantesco para muitas pessoas. No entanto, a morte faz parte da vida, durante toda nossa caminhada não conseguimos, de forma alguma, nos distanciar dela, por um segundo sequer. Ao nascer, começamos a morrer. Sim, morremos a cada instante. E, não importa o estatuto de uma pessoa em vida, a dança da morte une a todos. O Anjo da Morte toda noite vem visitar alguém, não adiante se esquivar, todos terão sua vez.
E então, vestidos com nossos melhores casacos, a efemeridade da vida convida a todos para dançar, em ritmo célere, em direção aos próprios túmulos. Não tenha medo, somos todos parceiros nesse cenário.