Já estamos no inverno!

Chegou a estação do frio no Hemisfério Sul, que inicia hoje às 11h58min com chuva para os gaúchos. Aliás, será um inverno com mais chuva do que frio, assim como o recém finado outono, conforme nos informa a ciência meteorológica. Por essa época aparecem as já características postagens nas redes sociais, tipo: Chega verão! O que tu preferes, verão ou inverno?

Num estado como o nosso, com estações bem definidas, até que cabe essas preferências, altamente subjetivas. Temos a serra no inverno e o litoral no verão. Gramado ou Torres? Particularmente, prefiro Torres, embora seja mais do inverno do que verão. Do inverno, temos como nos esconder; já do verão, só com ar condicionado. Ah, sim, no inverno há o problema dos moradores de rua, mas daí digo que não é culpa do inverno, mas sim da sociedade. Como explicar que num mundo onde o prodígio humano foi até a Lua, construiu Itaipu e faz turismo espacial ou nas profundezes do oceano, existam banguelas, sem-teto ou famintos? A desigualdade social, óbvio. Logo, não é um problema do inverno, climático, mas sim social, econômico e, sobretudo, político - a sociedade decide ser assim. O inverno apenas mostra com clareza mazelas que o verão esconde. Prova disso é que no Hemisfério Norte, onde os invernos são extremos, os países possuem elevado IDH da ONU, como o Canadá e os nórdicos.

Na verdade, todas as estações são belas, apesar de nossas preferências, embora o outono e a primavera possuam clima mais ameno e agradável, sem o calor ou o frio extremos, sujeitos a queimaduras ou friacas. A mais bela, óbvio, é a primavera das flores e das cores. Todavia, como escrevi acima, aprecio muito os simples prazeres caseiros do inverno. São vários, mas bah! Como tomar um vinho legal, bem acompanhado. Esse vinho aí da foto, por exemplo. É uma cápsula do tempo. Vem de 2018, um ano bom. E estamos aqui e podemos brindar com ele o tempo que se renovou, sobreviventes que chegaram a mais um inverno de suas vidas nesse plano físico. Viver é sobreviver, vivendo no presente, com as marcas do passado e olhos no futuro. Saúde!