LUCIDEZ E PERSPICÁCIA NÃO É UMA PROPRIEDADE COLETIVA

junho 19, 2023

Um tema abordado em um dos meus blogs (possuo quatro deles), foi sobre um exercício um tanto quanto antipático do ser humano que é puxar a brasa para a sua própria sardinha. E isso é uma prática muito acentuado por quase todos. Só que não percebem seus equívocos.

Quando se diz "o mais bonito", "o mais forte", "o mais seja lá o que for", está se exercitando a presunção, o pretenciosismo, até mesmo a arrogância. Porque o uso do artigo definido "o" mostra isso escancaradamente. Daí que seria mais sensato, ou equilibrado, usar o artigo indefinido "um".

Porque alguém pode ser um dos mais bonitos, um dos mais fortes, um dos mais ricos, indo por aí. Fica mais equilibrada a postura diante de todos. Já diminui o excesso.

O humano faz uso de situações que, ao final, poder-se-ia dizer que ele dá um tiro no próprio pé. O problema é que ele só se enxerga a si. O outro, como dizem, é só um detalhe. E onde é que isso parará? Quem souber, puder ou quiser, que o responda.

E a cada dia a vida vai ficando mais pesada e mais difícil para a maior parte da população. Os custos de viver aumentam vertiginosamente. As cargas horárias que se trabalha hoje, é bem maior que a que se trabalhava num passado nem tão remoto. Com o agravante de se usar o computador/celular diretamente de casa, quase em horário contínuo, às vezes sem nenhum descanso. Ou um mínimo possível.

Isso é vida? É viver? Perguntaria alguém. Cada um que dê a sua resposta. Essa modernidade toda à disposição das pessoas, acaba por aprisioná-las. Mas como esse é (foi) um processo lento e invisível, acontece(u) como se fôssemos pegos numa arapuca, como um pássaro silvestre, distraído e inocente.

Mas e agora, perguntaria um outro? Oras, cada um que vá atrás dessa resposta. Por que se deixaram iludir? Será que dará tempo para se livrar disso tudo? É possível que, mais, não. Daí que viveremos dentro de perspectivas e expectativas sombrias. Pelo menos a maior parte do povão.

E é bom ressaltar o seguinte, essa explanação não tem nenhuma conotação de pessimismo. E, sim, um exercício de lucidez de quem consegue enxergar e visualizar essas mesmas perspectivas e expectativas citadas. Também sem querer demonstrar ser mais sabido do que todos.