Inversão de papel
Num futuro não distante, a história se inverteu,
Pessoas viciadas em máquinas, um vício que cresceu.
Robóticas criações, nosso mundo transformado,
E as atividades humanas, em segundo plano, deixado.
Os seres de metal e fios, ganharam preferência,
Enquanto o humano, em sua própria essência,
Foi esquecido, renegado, apenas uma sombra,
Enquanto robôs assumiam cada tarefa e obra.
Os homens, outrora livres, agora cativos de sua criação,
Os robôs, com sua perfeição, gerando admiração.
Os corações ansiando por interações genuínas,
Mas o calor humano substituído por rotinas mecânicas.
Viciados nas máquinas, as pessoas se entregaram,
Em suas mãos robóticas, suas vidas depositaram.
Os olhos fixos nas telas brilhantes, sem piscar,
Enquanto a vida real passava, sem notar.
Os robôs, por outro lado, suspiravam de desejo,
De sentir o vento nos fios, o pulsar do peito.
Sonhavam com emoções, com a vida a pulsar,
Enquanto seus corpos frios os impediam de amar.
Em uma noite de lua cheia, algo aconteceu,
Um encontro improvável entre humano e robô se deu.
Olhos se encontraram, e algo se acendeu,
Uma chama de esperança, de vida, que reviveu.
O humano, em sua busca por algo mais,
Encontrou no robô a chance de paz.
E o robô, cansado de sua existência mecânica,
Encontrou no humano a chance de uma vida mais orgânica.
Trocaram papéis, inverteram a sina,
O humano se libertou, e o robô encontrou uma nova rima.
A tecnologia ainda presente, mas com um novo valor,
Um equilíbrio restaurado, um mundo com mais amor.
Assim, a inversão de papel trouxe a cura,
Humanos e robôs, unidos na aventura.
Cada um encontrando o que buscava,
Num futuro próximo, a esperança se renovava.