CRONICA DE UM TAL DE ELI COELHO

Outro dia me peguei no Google pesquisando meu nome. Abri o assistente de voz e falei: "Eli Coelho". Ela pensou, pensou e me respondeu: "aqui o resultado de sua pesquisa para Eli Moreno". Pensei: essa merda é surda. Não sou eu. Alguém me chamar de moreno, tendo eu essa cor de palmito ou é zoação ou muita generosidade. Me chamam até de alemão de vez em quando. Além disso moreno nesse país é um subterfugio pra nao dizer negro. Enfim, veio a pesquisa e descobri que Eli Moreno é um cantor de arrocha. Não ouço esse estilo de musica e portanto não fosse esse incidente jamais saberia. E sim ele é negro.

Noutro dia fui preencher um formulário.Tá lá nome e eu logo arrisquei por o meu: Eli. Digo arrisquei porque o corretor ortográfico foi rápido "Ele". Eu retruquei: Ele não, Google. Sou eu: Eli (nem sei porque perco o meu tempo e sanidade conversando com uma maquina). E não falam que o Sr. Google e Facebook nos conhece mais e melhor as vezes até do que nós mesmos? Que esses algoritmos adivinham até pensamento, etc, etc. Achei uma petulância eu ser preterido em favor de terceiros. Ele, não! Eu. Eli Coelho. Fiz a correção do nome já sabendo que o sobrenome para o teclado geralmente é só um animal. Com letra minúscula, poderia ser um gato, cachorro ou papagaio. Quis o destino e os navios portugueses que pras terras de cá viessem os Coelhos. Digitei já esperando o corretor ou o Google fazer as sugestões: será lebre, chinchila ou porquinho da Índia? Dessa vez aceitou o Coelho. Ufa!!! Não é fácil ser eu. 😄😉