Os avanços tecnológicos, que seriam para nos ajudar, acabam por nos escravizar
Os avanços tecnológicos, em tese, seriam para nos ajudar, em atividades domésticas, escolares, nas indústrias, nas relações comerciais etc. Transações financeiras, que outrora levavam horas para se efetivarem, são finalizadas em segundos; podemos comprar mercadorias em qualquer lugar do mundo, em minutos.
Claro que muito nos ajudam, mas também nos escravizam. Ficamos escravos pelas redes sociais: patrões exploram seus empregados, enviando e-mails e mensagens por WhatsApp durante as férias deste, impedindo-lhe o gozo do período de descanso; enviam-se mensagens à qualquer hora do dia ou da noite, sem o devido respeito à privacidade alheia.
Muitos tornam-se escravos do Instagram, da Facebook e outros aplicativos de relacionamento; deixando de praticar outras atividades esportivas, abrindo mão de hobbies, para ficar em frente ao celular ou computador. Muitos deixam de se relacionar com amigos e familiares, e o fazem somente pelas redes sociais.
Muitas pessoas hoje, inclusive, já apresentam dificuldades para escreverem utilizando-se de lápis ou caneta, porque o manuscrito foi praticamente substituído pela escrita com teclados.
É jargão, lugar comum, mas devemos rever vários conceitos na sociedade moderna, porque estamos nos tornando escravos do que seria para nos servir.