NATURALIUM
NATURALIUM
13/15jun23
Vem o vento, a chuva, o transbordar do rio, vem a grota no pé da serra e a lama aplaina a terra nivelando-a.
A natureza não para. É por vezes lenta, pois não tem pressa. É dona do tempo. Junta grãos, gotas, pedregulhos, raízes e galhos e em trilhões de dias, milhares de anos, ou em segundos faz sua arte e muda a face ou as entranhas da terra.
Ela é sábia e por vezes faz do desastre a sua ferramenta para acelerar seu feito.
Desastre? O que vem dela não é desastre. É apenas transformação, aprimoramento. Se lhes rasgam as entranhas para capturar metais, pedras e carvão ela apenas estremece mostrando sua ira por não respeitarem suas leis.
Na natureza, como divina obra, nada é por acaso, desequilíbrios ocorrem para que o prato da balança que se torna mais pesado se incline e perca conteúdo para voltar ao equilíbrio.
Nossa longevidade alcança novos parâmetros quer seja pelo avanço tecnológico, quer seja pelas mudanças culturais e de nossos hábitos. Neste primeiro momento o novo parâmetro mostra um desequilíbrio entre nossa capacidade física e a mental e é deste desequilíbrio que a natureza utiliza para criar a necessidade de abaixar a capacidade física ou aumentar a mental, e assim voltar ao equilíbrio.
Alguns “sábios” que se julgam deuses se metem a querer equilibrar os pratos de uma das causas da longevidade, a superpopulação, e criam em laboratórios ou fábricas, meios e formas de extermínio. Coisa desnecessária e que certamente lhes será cobrada. A natureza simplesmente age na mudança de costumes quanto a procriação e implanta por exemplo, a cultura da “ideologia de gênero” que a muitos de nós revolta. E esta revolta é novamente o desequilíbrio provocado pela natureza.
Os desequilíbrios são necessidades naturais e podem ocorrer regionalmente ou de forma global, mas o que nos conforta é saber que todo desequilíbrio quer seja político, de dominações pelo sobrepujar de uns sobre os outros de qualquer espécie que seja, fará o prato da balança descer e se inclinar derramando todos os excessos e os excedentes.
A nossa natural resistência ao “novo”, à “novidade” nada mais é que o instinto de sobrevivência, pois sabemos que todo desequilíbrio, mais cedo ou mais tarde será exterminado e nós não sabemos em que prato da balança estamos, se no de cima ou no de baixo e a isto podemos chamar de livre arbítrio.
Geraldo Cerqueira