Bem -te – vi

Estava tomando meu café naquela pequena pausa do trabalho, era no meio da manhã, um dia ensolarado, estava caminhando para hall da frente da porta onde tem um patio coberto por telhado para ver um pouquinho o ceu e os passaros cantarem. E por sinal em um desses espaços entre o vão do telhado e a parede ali tinha um ninho de passaro vazio e quando me dei conta tinham dois filhotes caidos no chão, que provavelmente estavam tentando aprender a voar. Peguei eles dois e coloquei no peitoril da janela, pois eu não alcançava a altura do ninho. Não sei se foi eu que fui o sortudo de presenciar e ajudar tais criaturas ou se foram eles, por que é um ambiente que tem muitos cachorros e gatos passando por ali.

E por alguns minutos me questionei porque eu estava ali soozinho naquele exato momento. Enfim, assim que os coloquei na cabeceira da janela me sentir agraciado por aquele ato, e incrivelmente quando me dei conta eles desapareceram, sem eu ter a minima ideia para onde eles foram.

Por um instante me sentir culpado por eles terem sumido sem nem eu ter visto, mas logo me toquei que a natureza estava seguindo seu percurso natural e não tinha mais nada o que eu pudesse fazer. E as coisas acontecem assim tudo tão de repente, tudo tão momentâneo, mas ao mesmo tempo memorável e gratificante ter a consciência desses momentos que a natureza toca na gente.