AH, O AMOR!

Segundo minhas pesquisas aleatórias via São Google, o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro no resto do mundo (Valentine's Day, ou Dia de São Valentim): pois "No século III, o bispo Valentim, em Roma, contrariou as ordens do imperador Claudio II e continuou celebrando casamentos, mesmo após a proibição do imperador. O comandante da nação acreditava que homens solteiros eram melhores combatentes em períodos de guerra e, por isso, não deveriam se casar.

Porém, a atitude nobre de Valentim foi descoberta e o bispo acabou sendo preso e condenado à morte por traição. A tradição católica conta ainda que, na prisão, Valentim acabou se apaixonando pela filha do carcereiro, que era cega, e milagrosamente conseguiu lhe devolver a visão." (Fonte: Como surgiu o Dia dos Namorados?, referência encontrada em www.maxifarma.com.br).

Apenas no Brasil o Dia dos Namorados cai em 12 de junho. E o o motivo aqui é exclusivamente comercial:

"A ideia de estabelecer a comemoração veio do publicitário João Doria, pai do ex governador de São Paulo João Doria Jr. Dono da agência Standart Propaganda, ele foi contratado pela loja Exposição Clipper com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, que sempre eram muito fracas.

Junho foi escolhido porque era justamente o mês de desaquecimento das vendas. O dia 12 foi escolhido por ser véspera da celebração de Santo Antônio, que já era famoso no Brasil por ser o santo casamenteiro." (bbcnews.com).

Mesmo com todo esse papo desmancha prazeres no início, esta coluna tambem vem celebrar a data.

Louvo os namorados, na ebulição de seus hormônios e plenos de paixão.

Louvo os casais que, mesmo estando muito tempo juntos e enfrentando crises, conseguem manter pelo menos um pouco do romantismo. Conheci um casal no município de Toropi que chegou a comemorar 70 anos de casamento.

Meus pais nunca se separaram e, mesmo com tantos problemas, se aturaram até a morte da minha mãe. Meus irmãos estão casados com a mesma pessoa por mais de duas décadas. Não sei se são felizes em todo o tempo - alguém consegue essa proeza? Se conseguir, me conte que enviarei para o Guiness Book -, mas mantém-se juntos, tem filhos adultos e minha irmã tem uma neta linda.

Eu não tive a mesma sorte, pelo menos por enquanto. Vivi uma união estável por 4 anos e nos meus outros relacionamentos (poucos, estou longe de ser um Don Juan), eu estava sozinho na data romântica. O que não quer dizer que abomino o Dia dos Namorados ou desacredito no amor. Ele está presente em todas as coisas que escrevo, pois mesmo nos textos e poemas mais lúgubres, não deixo de manter um fio de esperança. E no fundo, já que sou meio poeta, talvez queira repetir a façanha do mestre Vinícius de Moraes, que foi casado nove vezes...

Brincadeiras e começo desmancha prazeres à parte, a ideia é parabenizar todos os namorados e eternos namorados que conseguem manter um elo de sentimento por anos. Fidelidade é um item que anda em falta nos dias atuais, onde tudo é pra ontem e a ideia é experimentar todas as sensações e todos os parceiros possíveis, ainda mais com todos esse vírus nefastos atingindo tantos: não temos certeza se estaremos vivos amanhã ou não.

Mas para os que conseguem se manter juntos apesar de tudo e apesar deles mesmos, desejo que isso nunca acabe.